A Companhia Ferroviária do Nordeste (CFN) recebe, hoje, R$ 30 milhões do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para dar continuidade às obras da Ferrovia Transnordestina. O recurso é uma parte dos R$ 100 milhões que serão utilizados como empréstimo-ponte dos R$ 500 milhões que a empresa irá receber da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Segundo o diretor administrativo-financeiro da companhia, Jorge Mello, devido ao procedimento burocrático exigido, o dinheiro demorou um mês para ser liberado.
“O recurso tem dois objetivos: terminar a infra-estrutura do trecho Missão Velha (CE) e Salgueiro (PE) e a realização dos estudos de outros trechos da ferrovia”, explicou Mello. Até o início de janeiro, de acordo com o diretor, serão definidas quais as empresas responsáveis para a elaboração dos estudos. Os R$ 100 milhões liberados pelo BNDES serão utilizados até novembro do próximo ano. “Já temos cinco quilômetros com infra-estrutura prontos para receber a malha e outros cinco quilômetros em obras”, salientou Jorge Mello.
O diretor previa que o recurso fosse liberado pelo BNDES na primeira quinzena de novembro, como anunciado pela Folha de Pernambuco . Em julho, a CFN iniciou as atividades com recursos próprios, gastando, até o momento, R$ 10 milhões dos R$ 550 milhões. Também sairão R$ 823 milhões do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor), R$ 2,27 bilhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste e R$ 400 milhões do BNDES emprestados para a CFN. Para a construção da malha ferroviária, serão gastos um total de R$ 4,5 bilhões.
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Para receber a parte que será liberada pelo Finor, a CFN precisa de uma posição da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a abertura de capital. “Demos entrada em setembro e a proposta está sendo avaliada. Ontem (anteontem), enviamos as últimas pendências”, disse Mello. Do total (R$ 823 milhões), o diretor informou que R$ 150 milhões estão aguardando no Tesouro Nacional para serem liberados. Além de complementar as obras da Transnordestina, uma parte do recurso (R$ 111 milhões) servirá para reformar a Linha Sul – malha ferroviária que começa no Cabo de Santo Agostinho (PE) e vai até Propriá (AL), totalizando um percurso de 600 quilômetros.
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