A América Latina Logística (ALL) aumentou em cinco vezes o número de homens trabalhando para recuperar a malha férrea do Porto de Santos, passando de 28 pessoas, em maio passado, para 143 no final de dezembro último. ´´Realmente era um número muito pequeno para o porto inteiro. Chega a ser ínfimo´´, avaliou o gerente-geral de Operações da ALL em Santos, Marcelo Tappis Dias.
Salto ainda maior foi verificado nos gastos com material: a ALL adquiriu mais 25 máquinas no mesmo período, fechando o ano com 27 equipamentos em uso ante um único par (sendo que uma das máquinas estava quebrada) que existia quando foi efetuada a compra da holding Brasil Ferrovias.
´´Santos é muito importante para nós. É o coração da companhia. Mais de 90% do que se carrega dentro da companhia têm um só destino, o Porto de Santos´´, explicou Tappis Dias.
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Ao acompanhar o relato dos números no final de novembro, durante apresentação no Comitê de Logística sediado na Codesp, o diretor de Infra-estrutura e Serviços da Codesp, Arnaldo de Oliveira Barreto, cobrou ações firmes da ALL.
´´Cento e quarenta homens representam dez turnos de 14 homens. Vocês não têm equipamento para tudo. Se vocês não tiverem mais de 200 homens trabalhando não vão dar conta do recado´´, afirmou Barreto. E cobrou ainda mais: ´´Nós estamos aqui para ajudar vocês, mas não podemos mais aceitar ter 84 descarrilamentos num mês (o número de acidentes em dezembro fecharia em, pelo menos, três dígitos). A Codesp está pronta para penalizá-los no contrato. A Codesp não vai deixar de aplicar multas se vocês não corresponderem às expectativas´´, afirmou.
De acordo com Barreto, se a ALL veio ´´com a intenção de ficar, de cumprir os 17% de carga que chegam ao porto por meio de ferrovia e passar (aumentar) para 30%, tem de investir pesado´´.
Ao que Tappis Dias respondeu: ´´A gente quer um voto de confiança da Codesp, de que a gente vai mudar o cenário realmente. Santos realmente é vital para a companhia e a gente quer fazer um trabalho à altura do que já fazemos na malha (da região) Sul´´.
Portofer
A Portofer, empresa da holding Brasil Ferrovias que era responsável por administrar a malha férrea interna do porto, assumiu a operação no cais santista em junho de 2000. Até então, a operação ferroviária no porto era tarefa da Autoridade Portuária.
De acordo com o superintendente de Infra-estrutura, Paulino Moreira da Silva Vicente, com a concessão houve melhorias na parte operacional ´´mas do ponto de vista da manutenção da via permanente, pouco foi feito´´.
´´Chegamos (com a operação ferroviária sob a responsabilidade da Codesp) a ter 250 homens trabalhando. Reduzir 250 homens para 28 é brincadeira´´.
Obra de acesso férreo deve começar em julho
A construção do novo acesso ferroviário ao Porto de Santos pela Margem Direita (Santos) deverá ter início em julho, devendo terminar quatro meses depois, ou seja, no final de novembro. A previsão foi dada pelo gerente-geral de Operações da América Latina Logística (ALL) em Santos, Marcelo Tappis Dias, em recente entrevista a A Tribuna.
Segundo ele, a ALL e a MRS Logística, concessionária férrea que adquiriu o direito de fazer a obra, estão finalizando as tratativas para começar o empreendimento. Trata-se de um segundo acesso no trecho de 16 quilômetros entre os bairros de Perequê (Cubatão) e Valongo (Santos), paralelo ao já existente, sob concessão da MRS.
A estimativa é mais uma dentre as várias já divulgadas por ambas as empresas. O direito de implantar o projeto foi adquirido pela MRS em maio passado, após o encerramento do prazo de um ano dado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para que a concessionária Brasil Ferrovias explorasse o ramal.
A Brasil Ferrovias não o fez. Como foi adquirida pela ALL, a responsabilidade passou para a companhia. ´´Estamos achando que em julho começam as ob
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