A despeito das críticas sobre a falta de investimentos em infra-estrutura, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) não só quadruplicou os recursos para ferrovias no ano passado, como também prevê manter o fôlego. O presidente do banco, Demian Fiocca, revela que o setor receberá investimentos de R$ 12,5 bilhões nos próximos quatro anos, dos quais metade será financiada pela instituição. Entre os projetos, a recuperação da Brasil Ferrovias, o Anel Ferroviário de São Paulo, a compra de vagões e locomotivas e a construção da Ferrovia Transnordestina.
Em 2006, a instituição aprovou financiamento de R$ 2,18 bilhões para empresas do setor, depois de um total de R$ 476 milhões em 2005. Ontem, o BNDES anunciou que vai financiar as ferrovias do grupo ALL com R$ 1,12 bilhão, o maior já concedido para uma empresa do setor. O crédito representa cerca de 40% dos investimentos da companhia nos próximos três anos, de R$ 2,87 bilhões. Do total de recursos emprestados pelo banco de fomento, R$ 138,4 milhões vão para a Brasil Ferrovias.
Os investimentos aumentarão a capacidade transporte de carga nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ao longo de 12 mil quilômetros de extensão de malha, de acordo com anúncio do BNDES. Fiocca ressaltou que o projeto trará melhorias a um dos principais eixos de transporte de carga do país, que permite o escoamento da produção do Centro Oeste para o porto de Santos.
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O projeto financiado prevê a modernização da via permanente, construção de novos pátios de cruzamento, reforma de vagões e locomotivas, modernização de sistemas operacionais e o aumento da capacidade de terminais de movimentação de cargas. Serão construídos viadutos nas cidades de Paranaguá, Londrina, Ponta Grossa e Piraquara, no Estado do Paraná. Também serão efetuadas obras de implantação dos contornos dos municípios de Curitiba (43 km) e Joinville (16,9 km) e, no Estado de São Paulo, cercamento da via permanente.
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