Logística e transportes

*Paulo Fernando Fleury


Mal terminou a eleição para a presidência da República, começamos a assistir mais uma acalorada discussão sobre crescimento econômico, focada como sempre, nas políticas de juros, câmbio e investimentos. Diferentemente de discussões anteriores, desta vez a agenda foi expandida para levar também em consideração as questões de infra-estrutura, mais especificamente de infra-estrutura logística. Esta iniciativa, aparentemente promissora, tem seus riscos que podem resultar em desperdícios e novas frustrações, caso não haja um claro entendimento do que é necessário fazer para construir um sistema logístico moderno e eficiente no nosso país. 


Um dos riscos é o de confundirmos sistema logístico competitivo com um simples portfólio de investimentos em infra-estrutura de transporte. Infelizmente, os sinais captados até o momento pelos discursos oficiais, e pelos relatos da imprensa, apontam nesta direção. No mundo globalizado e competitivo dos dias atuais, pensar no desenvolvimento de um sistema logístico, moderno e eficaz implica pensar de forma integrada não só em infra-estrutura de transportes, mas num conjunto de atividades complementares que viabilizam a integração logística e a gestão eficiente das cadeias de suprimento. 


Nas três últimas décadas o mundo presenciou uma revolução nos conceitos, práticas e tecnologias logísticas, que vem contribuindo de forma decisiva para o rápido avanço da globalização. O desenvolvimento dos contêineres e dos grandes jatos intercontinentais, a utilização dos conceitos de transit points, cross docking e hub terminals e, principalmente, o avanço das tecnologias de informação e de uma eficiente estrutura regulatória, viabilizaram a conexão física rápida e barata entre quaisquer dois pontos do globo. Uma evidência da importância crescente da logística moderna pode ser encontrada na matéria especial publicada pela revista The Economist na sua edição de julho de 2006. Alguns dos comentários retirados do texto e citados abaixo evidenciam esta posição: uma indústria pouco visível que vem mudando a vida de todos nós, uma enorme indústria que vem se espalhando com o objetivo de movimentar bens através do mundo com uma impressionante velocidade, e muitas das empresas líderes do mundo globalizado chegaram ao topo de seus setores, em grande parte, pela capacidade que tiveram de reescrever as regras competitivas, através da reorganização de suas cadeias de suprimento, com base nos modernos conceitos de logística. 


As enormes deficiências de nossa infra-estrutura de transportes, cada dia mais transparentes e criticadas, já levaram nossos dirigentes a atitudes precipitadas, dentre as quais se destaca a Operação Tapa-Buracos, executada no primeiro semestre de 2006 com vistas a aliviar as precárias condições de nossas rodovias pavimentadas. Para minimizar o risco de que novas atitudes emergenciais venham a ser executadas, o Ministério dos Transportes teve a iniciativa de elaborar o Plano Nacional de Logística e Transporte. Com um processo participativo e uma tentativa de embasamento metodológico, o PNLT ainda está em elaboração e pouco se conhece de seus resultados. No entanto, do pouco que se conhece, percebe-se um forte viés na direção de um plano diretor de infra-estrutura de transportes, ao invés de um Plano Nacional de Logística. Por melhor que seja a infra-estrutura de transportes de um país, nenhum sistema logístico poderá contribuir para o aumento da competitividade de sua economia se não for operado de forma eficiente e bem regulamentada. Num mundo marcado pelas práticas do just in time, a velocidade e confiabilidade dos prazos de entrega são tão ou mais importantes que a qualidade e o preço dos produtos, principalmente quando se trata de produtos industrializados de alto valor agregado. Os recentes problemas de gargalos nos portos e aeroportos abalaram a credibilidade de nossos sistemas logísticos, levando o país a ser conhecido como um

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Fonte: Valor Econômico

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