Bom, bonito e barato. Depois que o governo federal confirmou que não vai investir nos próximos quatro anos na obra da Linha 3 do metrô (NiteróiItaboraí), avaliada em R$ 1,3 bilhão, este virou o lema do governo estadual. E a solução para o novo estilo veio do arquivo da secretaria de Transporte, onde um projeto elaborado em 1991, descansava em uma gaveta: um pré-metrô, estimado em cerca de R$ 250 milhões.
O pré-metrô será mais barato.
Mas também será mais lento e carregará menos passageiros.
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As estimativas eram que o metrô levasse 470 mil passageiros/ dia e o tempo entre a primeira estação, no Centro de Niterói, e a última, em Guaxindiba, seria de 20 minutos. Com o pré-metrô, seriam transportados 100 mil passageiros/dia entre 30 a 35 minutos.
— Temos esta solução razoavelmente boa que pode ajudar a desafogar e reordenar o sistema de transportes da região.
Ele passará no mesmo lugar onde está projetado o metrô. Se for feito, protegeremos a faixa, que está sendo invadida. Depois, o metrô pode ser feito sem paralisar o pré-metrô — disse o subsecretário de Transportes, Delmo Pinho.
O projeto está sendo reestudado para calcular os custos atuais. Uma vantagem é que o governo já tem 28 trens quase novos que eram usados no prémetrô da Linha 2 (Estácio-Pavuna).
Segundo Delmo, também será estudado o modelo jurídico para saber se os vencedores da licitação para a construção do metrô farão o pré-metrô ou se será haverá nova licitação.
Segundo o subsecretário, o novo projeto será feito em parceria com as prefeituras de Niterói e São Gonçalo.
Segundo Delmo, isso é necessário porque o trem, nos 23 quilômetros de extensão da linha, vai passar pelas ruas das cidades.
As composições, que trafegam a uma velocidade média de 35 Km/h, vão usar faixas exclusivas nas ruas ao lado daquelas em que trafegam os veículos.
Em alguns trechos, eles vão cruzar ruas sem que haja viadutos. Serão usadas cancelas e os trens podem até parar em sinais de trânsito.
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