Ferrovias desativadas estão sendo alvo de furtos na região de Ribeirão Preto (a 314 km de São Paulo). A suspeita é de que quadrilhas roubam os trilhos para desmanchar ferro e aço.
A desativação das ferrovias começou há pelo menos nove anos. Além do mato alto e da deposição irregular do entulho, os trilhos das linhas estão sendo furtados e usados para desmanchar ferro e aço.
A Associação São Paulo e Minas de Preservação Ferroviária, criada há cerca de um ano, calcula que pelo menos 50 quilômetros de trilhos já foram furtados nos dois estados. Escapam apenas as linhas que ainda estão ativas.
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Em fevereiro deste ano, a polícia de Altinópolis (a 347 km de São Paulo) prendeu 14 pessoas suspeitas de fazerem parte de uma quadrilha. Foi apreendida uma caminhonete carregada com maçaricos e botijões de gás. A suspeita é de que os trilhos seriam levados para o Rio de Janeiro e utilizados na construção civil.
Técnicos da associação fizeram uma vistoria nos trilhos entre Ribeirão Preto e São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas Gerais. Segundo o presidente da associação, Denis William Esteves, foi encaminhado ao governo federal um relatório sobre o abandono de alguns trechos e as ocorrências de furtos mas, por enquanto, a situação continua a mesma. “Eles disseram que iriam mandar um fiscal para averiguar, mas não tivemos retorno se isso ocorreu”, disse Esteves.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), órgão ligado ao governo federal, informou que não foi comunicada sobre os roubos de trilhos.
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