O vice-presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Júnior Marreca, prefeito de Itapecuru-Mirim, e o ex-deputado Sálvio Dino, representante da Associação dos Municípios da região Tocantina (AMRT), estiveram reunidos na tarde da última quarta-feira, 13, com o coordenador executivo de Relações Institucionais da Companhia Vale do Rio Doce, José Carlos Sousa, discutindo a possibilidade da Companhia retomar a linha de trem de passageiros do trecho envolvendo Piquiá, em Açailândia, até Imperatriz, numa extensão de
Marreca e Sálvio Dino argumentaram que a desativação dessa linha de trem provocou uma grande dívida social da Vale para com as comunidades daquela área. Os dois destacaram, ainda, que a reivindicação dos prefeitos da região, é para que a linha seja reeditada, estendendo-se até ao município de Araguaína, no Tocantins.
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O dirigente da Vale fez uma ampla exposição aos representantes da Famem, mostrando a inviabilidade da Vale do Rio Doce em atender à reivindicação dos gestores municipais. “São vários os problemas, que abrangem questões técnicas, como sinalização, segurança, admitindo-se que somente com a área de segurança, os investimentos para uma adaptação seriam da ordem de 30 milhões de reais”, acrescentou José Carlos.
“A Vale tem uma grande dívida social com a população dessa região. Já que a Companhia afirma ser inadmissível o retorno dessa linha de trem, só nos resta procurar a bancada federal do Maranhão no Congresso, o Ministério dos Transportes e outras autoridades, porque nada é impossível”, disse Júnior Marreca.
Por sua vez, Sálvio Dino afirmou que o encontro com o dirigente da Vale do Rio Doce teve seu lado positivo, porque deu mais ânimo para o prosseguimento da luta. “Não estamos pegando o trem andando, estamos com ele na estação e vamos fazê-lo chegar à estação que desejamos. É uma luta que está apenas começando e, com certeza, iremos aglutinar muita gente em torno dela”, salientou Sálvio Dino.
A luta da Famem pela reedição dessa linha de trem é antiga, segundo Sálvio Dino e, no mês passado, o presidente da entidade, Cleomar Tema, endereçou um documento ao presidente da Vale, Roger Agnelli, mostrando a necessidade da reativação da linha.
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