A licitação internacional da compra dos sete Veículos Leves sobre os Trilhos (VLTs), que interligarão Cajueiro Seco (Jaboatão dos Guararapes) e Cabo, será lançada ainda nesta semana, segundo informou o governador Eduardo Campos. O projeto total contempla a aquisição dos veículos e a recuperação da via (26 quilômetros) e das estações. Seu custo está orçado em R$ 48 milhões, sendo R$ 36 milhões para os VLTs. “Vou apresentar o projeto do VLT ao presidente Lula e pedir a inclusão da alça até o Porto de Suape dentro do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”, afirmou o governado Eduardo Campos, referindo-se à visita agendada do presidente para esta quinta-feira, conforme antecipou, com exclusividade, no último sábado, a Folha de Pernambuco.
De acordo com o presidente do Metrô do Recife (Metrorec), Sileno Guedes, os recursos já estão garantidos pelo PAC, que não poderão ser contigenciados. Guedes disse que o levantamento inicial solicitado pelo governador contempla a construção de três estações. “Vamos aproveitar o leito que hoje já é utilizado pelo trem de carga a diesel. Além disso, a via será duplicada”, explicou Guedes.
Na estação de Ponte dos Carvalhos, entre Cajueiro Seco e Cabo de Santo Agostinho, os trabalhadores poderiam pegar o VLT e seguir para Suape, onde serão instalados os empreendimentos estruturadores, como a Refinaria Abreu e Lima, o Estaleiro Atlântico Sul e o Pólo de Poliéster. Para esta alça, seria necessária a compra de mais três VLTs, orçados em R$ 50 milhões, incluindo a implantação e a recuperação da via.
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O VLT utilizará a mesma bitola (espaçamento entre os trilhos) dos trens a diesel. A vantagem para o trabalhador será a redução do tempo de deslocamento. “Hoje, a saída do trem, que vai do Cabo ao Curado, acontece em 55 minutos. Enquanto que o do VLT terá o intervalo de 15 minutos”, explicou Guedes. A idéia é de que a estação do VLT esteja interligada ao Sistema Estrutural Integrado (SEI), sendo assim, o passageiro pagará apenas uma passagem em cada sentido.
“Se isso acontecer, resolverá definitivamente o problema do deslocamento da população da Região Metropolitana do Recife para os grandes empreendimentos de Suape. Ninguém vai precisar morar no Cabo ou Ipojuca para trabalhar na refinaria”, afirmou o presidente da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), Dilson Peixoto. A expectativa é de que toda a malha ferroviária esteja em operação comercial até o início do próximo ano, mas a conclusão se dará em três anos.
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