Falha ou defeito pode ter provocado acidente

Falhas na sinalização e defeito nos equipamentos são duas das possíveis causas do acidente ferroviário de ontem, segundo especialistas ouvidos pelo GLOBO. Já o presidente do Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil, Valmir de Lemos, o Índio, afirma que o acidente foi provocado por falha técnica e por falta de investimentos no sistema.


O engenheiro de Transportes Fernando Mac Dowell acredita que as hipóteses mais prováveis para o acidente são falhas nos equipamentos (conservação dos trens ou do material rodante) ou de comunicação.


Ele não acredita na hipótese de falha humana: — A situação do maquinista é semelhante à de um piloto de avião ao fazer manobras no ar.


Ele não tem a visão de todo o entorno e precisa receber a orientação de alguém. Isso pode ser feito pelo rádio ou pela sinalização de tráfego da via.


O professor Hostílio Xavier Ratton Neto, do Departamento de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ, especialista em sistemas ferroviários, diz que as hipóteses para o que houve são inúmeras. A lista inclui falhas na sinalização ou na interpretação de um dos maquinistas em relação a prosseguir viagem ou aguardar a passagem da outra composição.


— Existem sensores nos trilhos que indicam a aproximação dos trens e comandam a sinalização de tráfego. Se o sistema não funcionar corretamente, o maquinista da outra composição não tem como saber que precisa parar — disse Ratton.


Comissão vai apurar causas do acidente A SuperVia formou uma comissão para apurar as causas do acidente. A previsão é que os trabalhos sejam concluídos em dez dias. O grupo é formado por seis técnicos da própria companhia.


O diretor de Operações da SuperVia, João Gouveia, disse, em entrevista à Globonews, que ainda não é possível determinar o que aconteceu: — O controle dos trens que transitam pelas linhas férreas é feito num centro automatizado.


Os aparelhos que mudam as vias são comandados no centro, e o sistema é seguro.


Mesmo que o operador erre, o sistema corrige. Devemos apurar bem o que houve.


Segundo o sindicalista Índio, uma inspeção feita no local por técnicos de segurança do sindicato constatou que a linha “serrilhou”, o que provocou o tombamento de vários vagões do trem que seguia para Japeri. Um dos vagões teria atingido o segundo trem.


— Os trilhos são mantidos em suas posições por uma placa de ferro que deve ser fixada por quatro parafusos especiais.


Só que, geralmente, a SuperVia só mantém um parafuso de fixação nos ramais.


Quando isso acontece, não tem como um trem não descarrilar — disse Índio.


O sindicalista afirma que acidentes semelhantes são registrados com freqüência nos ramais da SuperVia. Mas não há tanta repercussão porque geralmente não são registradas vítimas.


Índio acrescentou que já encaminhou denúncias ao MP estadual sobre o estado de conservação da malha ferroviária.


Já Fernando Mac Dowell acrescentou que o material rodante precisa passar por manutenção para evitar que o desgaste favoreça a ocorrência de descarrilamentos.


— O atrito constante das rodas com os trilhos forma uma espécie de calo nas estruturas.


Essas deformações precisam ser retiradas constantemente.


Caso isso não seja feito, a pressão das rodas sobre os trilhos passa a ser muito maior que aquela para a qual foram projetados.


E pode causar o rompimento da estrutura.

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Fonte: O Globo

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