A velocidade não mudou muito. Desde meados do século XIX, quando as primeiras locomotivas começaram a cruzar os trilhos do país, trens de carga seguem a mesma toada preguiçosa de seus 30 quilômetros por hora, 35 no máximo, um ritmo bem diferente daquele que tomou conta da área de informática dessas empresas nos últimos anos.
A tecnologia embarcou de vez nos vagões das principais empresas do país. De meros sistemas usados para fins administrativos, a informática saiu dos centros de processamento de dados para atuar nas bitolas, nos trilhos, ajudando empresas a reduzir custos de manutenção e combustível, controlar o desempenho de trens e minimizar acidentes. “A TI é hoje um dos principais meios que temos para melhorar nosso desempenho”, diz o diretor executivo de logística da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Eduardo Bartolomeo.
A Vale fez as contas. A empresa controla 9,8 mil quilômetros de malha ferroviária no país. Nos últimos anos, investiu no desenvolvimento de um computador de bordo para as locomotivas. Outro sistema foi acoplado aos vagões para indicar ao maquinista a “condição ótima” do trem. No trajeto, o computador calcula fatores como o peso da carga, o trecho da linha e sua inclinação para indicar ao maquinista a aceleração mais adequada, freio etc. Resultado: nos últimos dois anos, a Vale deixou de queimar 40 milhões de litros de diesel.
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