O governo do estado deve assinar, nos próximos dias, novo contrato com a Opportrans, operadora do metrô. Com a extensão da concessão até 2038, a concessionária terá de investir cerca de R$ 800 milhões em obras e compra de trens, responsabilidades do governo do estado, que aumentarão em mais de 250 mil passageiros por dia a circulação no sistema de transportes.
A principal obra será a construção de um trecho ligando a Linha 2, a partir da estação São Cristóvão, com a estação Central, acabando com o atual gargalo na estação do Estácio.
A concessionária também terá de comprar mais 84 trens novos e assumir a dívida do estado com o BNDES para o financiamento da compra de outros 24. As linhas 1 e 2 operam hoje com 108 trens. As informações são do governador Sérgio Cabral, anunciadas durante evento no Palácio Guanabara, nesta quarta-feira.
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— Com essas aquisições, o metrô vai dobrar o número de trens —, completou Cabral.
O gargalo na estação Estácio existe porque, por falta de recursos, o governo do estado, responsável pelas obras e compra de equipamentos, não conseguiu levar a Linha 2 até a estação Carioca, passando apenas pela Estácio, sem ligação com a Linha 1. Como isso não foi feito, a Linha 2, vindo da Pavuna, termina na estação Estácio, obrigando os passageiros ao transbordo para a Linha 1 para seguirem viagem, tanto para o Centro e Zona Sul como para a Tijuca, o que se transformou em um gargalo.
Segundo Cabral, a Opportrans terá de investir cerca de R$ 800 milhões em três anos. Pelos cálculos do governador, com estas obras e a expansão do metrô para Ipanema, cujo projeto está sendo executado pelo governo do estado e ficará pronto em 2009, o sistema metroviário, que hoje transporta mais de 400 mil passageiros/dia, terá mais de um milhão de passageiros diários.
Com o novo contrato, o governo abandonou o projeto, já licitado, de estender a Linha 2 até a Carioca que previa a construção de uma estação na Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio.
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