Após o quinto dia de greve nos transportes ferroviários franceses, a pauta do movimento contra a reforma de regimes especiais parece suspensa até uma reunião de sindicatos que deve acontecer na tarde deste domingo. Boa parte dos trabalhadores da empresa ferroviária, SNCF, e da empresa metroviária, RATP, continuam paralisados.
Cinco associações de ferroviários contra as reformas propostas pelo governo francês anunciaram em um comunicado que se reunirão hoje para decidirem os próximos passos da greve iniciada na terça-feira (13).
A associação Sud-Rail, segundo maior sindicato da empresa ferrorivária SNCF e contra qualquer negociação com o governo, não assinou o comunicado comum, mas deverá participar das discussões.
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A reunião acontecerá no mesmo momento em que uma manifestação contrária a greve egoísta dos defensores dos regimes especiais, organizada por diversas associações sindicais, deve ser realizada.
Os sindicatos examinarão mais uma vez a proposta da SNCF de iniciar as negociações, com oito mesas redondas, a partir de quarta-feira. As cinco associações destacam dois assuntos ausentes na carta da empresa ferroviária, lamentam a inexistência da possibilidade de conversas sobre os princípios fundamentais da reforma e o silêncio sobre suas outras reivindicações (concernentes ao preço do frete, poder de compra salarial e a novos postos de emprego).
Os grupos sindicais refutam o pedido do primeiro ministro François Fillon, que pede a volta aos trabalhos para o início das negociações.
Tentaremos uma proposta única de aceitar o início imediato das negociações, mas mantendo a greve até o primeiro dia de mesas redondas, declarou Jean-Daniel Bigarne, secretário-geral da Unsa-Cheminots, um dos sindicatos presentes na reunião de domingo. Bigarne visualiza o possível final da greve para o meio desta semana.
Guillaume Pépy, diretor executivo geral da SNCF, afirmou neste domingo que muito ferroviários desejam negociar e que, neste momento, a greve é minoritária.
No final da tarde deste domingo, o primeiro ministro François Fillon et seu ministro do trabalho, Xavier Bertrand, encontraram o presidente Nicolas Sarkozy para discutirem a situação.
Na região de Paris, apenas 40% do tráfego está funcionando. O sistema de TGVs (trens de alta velocidade) funciona com 250 dos seus 700 carros.
Os trabalhos no metrô estão reduzidos a um quinto da operação normal, e os ônibus e bondes continuam com 40% do efetivo.
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