Ocupação das linhas de Araraquara tem estudo

O projeto que estabelece diretrizes para a ocupação dos um milhão de metros quadrados da orla ferroviária de Araraquara está na pauta de hoje da Câmara, mas não deve ser votado antes de estudos propostos pela administração.


Segundo a assessoria da Câmara, o projeto voltou à Casa na última sexta, mas não deve ser votado. Os vereadores e a Secretaria do Desenvolvimento Urbano optaram por fazer um levantamento da área e incluir alterações no projeto antes da votação.


De acordo com a prefeitura, os vereadores devem pedir vista do projeto, que foi elaborado na gestão do ex-prefeito Edinho Silva (PT) e prevê a criação de um grande parque linear, que ficaria definido no Plano Diretor da cidade como Zoppe (Zona de Preservação e Proteção Especial).


Em dezembro do ano passado, o projeto foi encaminhado pela primeira vez à Câmara pela secretária do Desenvolvimento Urbano do governo Edinho, Luciana Gonçalves. Segundo ela, o projeto foi elaborado e discutido por uma comissão com 40 membros da sociedade. “Achamos melhor traçar diretrizes antes de fazer um levantamento da área”, disse.


O novo projeto será apresentado após passar por apresentação pública. “É um eixo estruturador da cidade que merece passar por uma discussão ampla, porque mudaria a cara da cidade. Por meio desse levantamento, nós temos condições de detalhar o plano para possíveis ocupações”, disse a secretária do Desenvolvimento Urbano, Alessandra de Lima.


Há cerca de um mês a prefeitura começou a fazer um levantamento da área da orla, que deve ser concluído em um ano. O levantamento deve propor uma integração dos bairros por meio da orla.


A primeira parte constou de um mapeamento fotográfico da área. Depois, serão levantadas informações sobre alturas, desnível do solo e será feito um inventário dos prédios existentes. “Cada trecho tem uma vocação. Em cima disso vamos criar as propostas”, afirmou Lima.


Segundo a professora de urbanismo da Uniara (Centro Universitário de Araraquara), Salua Kairuz Manoel, não foram feitas discussões suficientes sobre o local. “É uma área muito grande e importante do centro da cidade, que não pode ter uma função única. É preciso um estudo profundo e detalhado que deve analisar as expectativas da cidade”, disse a professora.


Segundo a Secretaria do Desenvolvimento Urbano, ontem o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) recebeu a liberação da licença ambiental do Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais para continuar as obras, que estavam paradas. O Dnit assinou um termo de compensação ambiental, que prevê reflorestamento e arborização de áreas da cidade.

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Fonte: Folha de SP

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