O custo dos fretes para transporte de grãos em Mato Grosso continua a ser um dos principais problemas para os produtores do estado. Mesmo após a implantação da Ferronorte, ferrovia que teria vindo baratear o transporte de grãos no centro-oeste, os custos continuam alto. É o que afirma Ricardo Tomczyk, diretor administrativo da Aprosoja.
“De fato, a Ferronorte se tornou uma grande esperança para o produtor, mas a produção agrícola no estado aumentou muito e rapidamente. Todo o investimento que fizemos na Ferronorte se tornou muito pouco diante da demanda por transporte”.
Tomczyk explica que a ferrovia já está trabalhando em seu limite e que nos momento de picos existe pouca diferença nos valores cobrados pela ferrovia e pelas transportadoras rodoviárias. A expectativa era que o transporte ferroviário reduzisse em até 30% o frete para o transporte de grãos até o porto de Santos. “Nós estamos muito distantes dos portos de Santos e Paranaguá e, de fato, o que precisamos na região centro-oeste como um todo é de muito mais investimentos em infra-estrutura, principalmente em transporte”.
Hidrovias
O diretor também cita as hidrovias como um meio de transporte eficaz para a região. “Precisamos destravar sistema de hidrovias e de muito mais investimentos para dar fluxo satisfatório… Investimentos em eclusas, dragagens, balizamentos dos canais e de portos. Somos deficientes em todas as fases da infra-estrutura do transporte hidroviário também”.
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