O diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Luiz Antonio Pagot, anunciou sábado (11/07) que as obras do Contorno Ferroviário de Joinville devem estar concluídas em setembro do próximo ano, quase dez meses antes do prazo previsto inicialmente. Pagot deu a boa notícia ao participar da cerimônia da entrega da Ordem de Serviço, na Estação da Memória. Se for preciso, vamos trabalhar em três turnos. Se tiver um custo a mais não tem problema, nós pagaremos, disse Pagot.
Ele lembrou que a obra tem ainda outras etapas, além da implantação do Contorno Ferroviário: a definição da ocupação da antiga linha, possivelmente com um projeto turístico, e a ampliação dos terminas portuários em São Francisco do Sul.
A senador Ideli Salvatti destacou os benefícios da obra para a comunidade, principalmente para a população da zona Sul. Ela lembrou que as ações do Governo Federal não representam apenas um conjunto de obra, mas sim uma ação articulada. O Governo Federal está investindo em obras nos eixos rodo, ferro e portuário. São obras nestes três eixos que vão permitir que esta região tenha um potencial de desenvolvimento ainda maior.
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O prefeito lembrou da luta para incluir o Contorno Ferroviário no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e adiantou que a Prefeitura já trabalha para dar uma nova destinação à malha viária que ficará desativada.
Com 18 quilômetros de extensão, o novo contorno ferroviário vai eliminar as causas dos conflitos de tráfego na área urbana e garantir maior segurança ferroviária. O trem deixará de circular na maior parte da área urbana de Joinville. Não cruzará mais a avenida Getúlio Vargas, a rua São Paulo e a Monsenhor Gercino. Passará apenas no bairro Itinga, quase no limite com Araquari.
A mudança começa ainda em Guaramirim. A ferrovia segue paralela à BR-280 até o canal do Linguado. Em boa parte do trajeto, ferrovia e asfalto seguirão lado a lado.
Contorno Ferroviário de Joinville
Extensão: 18 km
Empresa contratada: Convap Engenharia e Construções SA
Supervisora de Obras contratada: Consórcio Prosul / Magma Engenharia Ltda
Valor do contrato da obra: R$ 44.293.072,35
Valor da supervisão: R$ 4.076.620,71
Trilhos: R$ 12.048.931,20
Valor Total do Investimento: R$ 60.418.624,26
Obras-de-Arte Especiais
Ponte ferroviária: 01
Viadutos ferroviários: 03
Passagens inferiores: 02
Os benefícios
Eliminação dos conflitos entre o tráfego ferroviário e o planejamento urbano da cidade de Joinville.
Eliminação do risco de acidentes, geralmente de natureza grave, não só nas 14 passagens de nível de grande volume de tráfego, hoje existentes, mas, também, com ciclistas e pedestres que se deslocam ao longo da via férrea.
Eliminação do desconforto, provocado por ruídos e vibrações normais no deslocamento de composições ferroviárias, das populações que habitam as áreas próximas ao traçado da ferrovia e pelos congestionamentos nas vias urbanas que cruzam a via férrea.
Redução dos custos operacionais, e consequentemente dos fretes, consequência não só da significativa melhoria das características operacionais em relação à via existente, como, também, da redução de 6,9 km no percurso entre Araquari e Guaramirim.
O aumento de capacidade da via que possibilitará agregar, ao modal ferroviário, o transporte de 4,3 milhões de toneladas que, reduzidos os fretes, chegarão ao consumidor a menor preço final, trazendo uma maior dinamização não só da economia da região produtora como, também, da região consumidora.
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