O secretário executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos, informou nesta sexta-feira (17) que o governo pretende publicar o edital de licitação do trem-bala entre Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro em meados de setembro deste ano.
A expectativa, segundo ele, é de que em meados de dezembro já seja possível receber as propostas das licitantes.
Em entrevista coletiva para detalhar os estudos técnicos do trem-bala, publicados ontem pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o secretário informou que ainda falta concluir a modelagem do projeto para a recepção das propostas das empresas licitantes. Ele adiantou, no entanto, que deverão ser dados pesos para as partes técnicas e de preços.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
O diretor-geral da ANTT, Bernardo Figueiredo, acrescentou que deverá ser bastante considerado também o prazo de execução das obras, já que o governo pretende ter o trem-bala pronto e em operação a partir de 2014, por causa da Copa do Mundo que será sediada no Brasil. “Isso é um grande desafio, mas acreditamos que é viável”, disse Figueiredo.
O secretário Paulo Sérgio afirmou ainda que o governo já tem pronto um anteprojeto de lei para a criação, em 2010, de uma empresa estatal encarregada de administrar o trem-bala e deter a tecnologia que deverá ser transferida de outros países para o Brasil.
“Estamos falando de uma empresa enxuta, focada na tecnologia dos trens de alta velocidade e engenharia com profissionais especializados nessa área”, disse o secretário, destacando que ainda não se discutiu onde seria a sede dessa empresa. Ele já descartou, entretanto, a ideia de uma empresa dessa natureza ter sede em Brasília.
O diretor-geral da ANTT explicou que o orçamento das obras, projetado em R$ 34,6 bilhões, é agora um orçamento mais preciso, já que a previsão feita no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que era em torno de R$ 22 bilhões, era preliminar e tinha sido feita a partir de estudos com preços médios como referência.
“Os estudos agora consideram todos os obstáculos físicos que terão de ser vencidos e que tornam caras as obras de engenharia”, disse Figueiredo.
Seja o primeiro a comentar