Em artigo publicado na Revista do BNDES, edição nº 29, de junho de 2008, o economista Sander Magalhães Lacerda examina os trens de alta velocidade em operação em diversos países e algumas de suas características.
O autor estuda a viabilidade da implantação de um trem rápido, e afirma que a base decisória para sua implementação é entender certos aspectos econômicos, demográficos e geográficos dos locais envolvidos nos projetos.
Em termos financeiros, Lacerda justifica os motivos pelos quais os recursos públicos foram e ainda são utilizados, em maior ou menor escala, para viabilizar projetos como esses. Segundo o autor, mesmo cobrando passagens caras e atendendo um grande número de passageiros, as ferrovias de alta velocidade não são capazes de recuperar, através da venda de passagens, a totalidade de seus custos de construção, tendo de recorrer ao auxílio financeiro dos governos.
É por isso que os trens rápidos atualmente em operação estão concentrados em países de maior renda per capita, porque essa modalidade de transporte tem altos custos de implantação, o que contribui para encarecer suas tarifas. No exame do autor, o público-alvo principal desse tipo de ferrovia são usuários com níveis de renda média ou alta e pessoas que viajam por motivo de negócios ou trabalho.
Lacerda escreve ainda: “Orgulho nacional e sucesso comercial na Europa e no Japão, os trens-bala mostraram-se a redenção das ferrovias, em decadência pela ascensão do automóvel e do avião”.
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