A região Sul é a menos beneficiada com obras ferroviárias previstas no PAC. As prioridades são os projetos da Transnordestina (CE, PE e PI), com investimento de R$ 4,5 bilhões; na Ferrovia Leste-Oeste da Bahia, com aporte de R$ 8 bilhões; e a Norte-Sul, que vai rasgar o país do Maranhão a Goiás, para depois chegar ao Paraná, com recursos da ordem de R$ 8 bilhões.
A Ferrovia Litorânea, cujo investimento fica abaixo de R$ 1 bilhão, está em quarto lugar na lista de prioridades, conforme o diretor executivo da Associação Nacional de Transportes Ferroviários (ANTF), Rodrigo Vilaça.
– É verdade que os projetos são todos para a próxima década, mas são bastante promissores. Existem problemas burocráticos e até no ambiente político, com parlamentares querendo tirar os trilhos de dentro de suas cidades, mas precisamos desenvolver a logística de transporte do Brasil – afirma.
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Concessionárias investiram R$ 30 bilhões em 12 anos
Nos últimos 12 anos, as concessionários de ferrovias do Brasil investiram R$ 30 bilhões, sendo R$ 20 bilhões em equipamentos e melhorias e R$ 10 bilhões em impostos.
– A contrapartida do governo não passou de R$ 900 milhões. Mas precisamos usar a palavra inutilizada do PAC, que é aceleração – diz Vilaça.
O custo por quilômetro de ferrovia é cerca de US$ 1 milhão. Neste contexto, o presidente da ANTF considera a Ferrovia Litorânea de baixa complexidade e custo, perto das demais em obras no país.
Ele destaca ainda que, uma vez o projeto pronto, abre-se a possibilidade da iniciativa privada investir.
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