O sétimo novo trem do metrô de São Paulo entrou em operação neste sábado (7). Em relação aos trens antigos, os novos vêm equipados com ar-condicionado, portas mais largas e câmeras de segurança internas e externas.
A composição –formado por seis vagões– é uma das 47 que o governo do Estado comprou para o metrô, a um custo de R$ 27 milhões cada.
A entrega de novas composições faz parte do Plano de Expansão do Transporte Metropolitano da gestão José Serra (PSDB), que tem como meta, até 2010, quadruplicar o número de linhas. Com investimentos de R$ 21 bilhões, os atuais 61,3 km de linhas devem passar para 240 km –sendo 160 km na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).
Os novos trens operam na linha 2-Verde, que liga as estações Vila Madalena e Alto do Ipiranga. Além de ar-condicionado, os novos trens sofreram mudanças para facilitar o embarque nos vagões, principalmente de portadores de deficiência física. A largura das portas passou de 1,3 m para 1,6 m.
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A sinalização das estações de parada e de próxima estação é feita por meio de sinais luminosos, para auxiliar os passageiros com deficiência auditiva. Os vagões da ponta também têm modificações, como indicação em braile no pega-mão e um banco destinado a passageiros obesos, com o dobro do tamanho de um assento comum. Há menor nível de ruído e os freios, mais modernos, param o trem com mais suavidade.
Alstom
Os novos trens são fornecidos pela Alstom, multinacional investigada no Brasil sob suspeita de ter pago comissões ilegais a políticos para obter contratos com o Metrô, a CPTM e a área de energia.
O Tribunal de Contas do Estado apontou que a empresa pagou R$ 34,6 milhões a mais por 12 trens comprados sem licitação.
Na apresentação do primeiro dos novos trens, Serra afirmou que as investigações não iriam comprometer o cronograma do plano de expansão do governo.
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