O Walt Disney World pode ser a próxima parada para os fabricantes ferroviários da China e Japão. A Central Japan Railway Co. e a China South Locomotive & Rolling Stock Corp. competem hoje pelos US$ 8 bilhões de verbas que o presidente Barack Obama, dos Estados Unidos, ofereceu a 13 corredores ferroviários norte-americanos.
Inclui-se no pacote a linha de alta velocidade entre Tampa e Orlando, ainda não construída, que poderá incluir uma estação dentro do parque da Disney. A companhia japonesa, também conhecida como JR Central, foca seus negócios nos EUA, já que no Japão o transporte de passageiros está em declínio.
Empresas como Alstom (França), Siemens (Alemanha) e Bombardier (Canadá) também estão interessadas em vender seus trens, linhas e equipamentos de operação aos Estados Unidos, no que o secretário dos transportes Ray Lahood chamou de “uma virada de jogo” no transporte de massa americano. Os corredores de alta velocidade incluem os trechos Nova York-Buffalo; Los Angeles-São Francisco e Chicago-Detroit.
“A alta velocidade será uma grande indústria nos Estados Unidos”, disse Masayuki Kubota, que prevê o equivalente a US$ 1,8 bilhão em ativos para a empresa japonesa Daiwa SB Investments Ltd., em Tóquio. “Muitas empresas vão concorrer para degustar uma fatia do bolo ferroviário americano”.
“Topo da lista”
São considerados trens de alta velocidade aqueles que viajam a mais de 250 kmh. O Japão é a sede do primeiro “Shinkansen” e a maior rede de alta velocidade do mundo, transportando 308 milhões de pessoas nos últimos 12 meses a partir de março do ano passado.
Ao comparar com o Acela Express, que viaja no máximo a 240 kmh entre Washington e Boston, este serviço transportou 3,4 milhões de pessoas em 2008. A operadora estatal Amtrak, que recebeu US$ 112 milhões do pacote do governo Obama para melhorar a infra-estrutura do Corredor Nordeste, usa os trens da Alstom francesa e Bombardier canadense, as duas maiores fabricantes de trens de passageiro do mundo.
“A Flórida está no topo de nossa lista”, disse Yoshiyuki Kasai, presidente da JR Central. “Nossos parceiros nos EUA tiveram contato próximo com as rotas de nosso interesse”. Estão inclusas na lista uma linha no Texas, e outra entre Los Angeles e Las Vegas, afirmou Kasai.
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