Bunge eleva aporte na área de açúcar e álcool

A Bunge deverá investir cerca de US$ 750 milhões nos próximos três anos para expandir as três primeiras usinas de açúcar e álcool que comprou ou construiu no país desde que estreou no segmento, em 2008. As cinco unidades incorporadas a partir da aquisição do controle da paulista Moema Par também deverão ser ampliadas, mas a programação e o aporte de recursos para isso ainda não estão definidos.


Com esses investimentos, a multinacional americana projeta incrementar em 50% a capacidade conjunta de moagem de cana de sua estrutura sucroalcooleira. Somando-se as três primeiras usinas com as unidades antes administradas pela Moema, a capacidade total chegará, até junho, a 20 milhões de toneladas de cana por safra. Até 2012, serão 30 milhões, mesmo se as cinco unidades recém-absorvidas não forem incrementadas.


Os US$ 750 milhões fazem parte de um plano de investimentos trienal (2010-2012) de US$ 2,8 bilhões deflagrado justamente com a aquisição do controle dos negócios da Moema, que custou US$ 1,5 bilhão. Ou seja: do plano total, a frente sucroalcooleira, na qual a múlti já assumiu a terceira posição no Brasil, atrás de Cosan e Louis Dreyfus, deverá representar 80%.


“Isso não significa que vamos tirar o pé do acelerador nos demais segmentos em que atuamos. Mas a área de açúcar e bioenergia é nova para nós e a encaramos com grande entusiasmo”, afirmou Pedro Parente, CEO e presidente da holding Bunge Brasil, fortalecida em suas atribuições executivas após uma reestruturação da gestão no país que está em sua etapa final.


Apesar de estar no comando de uma das maiores operações da Bunge no mundo apenas desde janeiro, o ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso e ex-presidente do conselho da Petrobras, entre outros muitos cargos que ocupou, fala com desenvoltura sobre os planos de investimento. Mas admite que a abrangência das operações da companhia no país é um desafio.


Além das oito usinas sucroalcooleiras, a Bunge conta no Brasil com sete moinhos de trigo – é a líder no segmento -, oito fábricas de processamento de soja, sete refinarias, cinco de envase de óleos vegetais, uma unidade de maionese, uma de margarina e 20 plantas de “mistura” de fertilizantes, onde são feitos os produtos finais aplicados no solo.


Essa estrutura de fertilizantes não foi incluída na transação com a mineradora Vale, que comprou da múlti, por US$ 3,8 bilhões, apenas a área de mineração que pertencia à divisão Bunge Fertilizantes, incluindo a participação majoritária na Fosfertil, maior produtora de matérias-primas para adubos do país. A transação, anunciada no início do ano, deverá ser concluída até o fim deste mês.


Maior exportadora do agronegócio brasileiro, por causa da soja, e terceira maior do ranking geral, atrás de Petrobras e Vale – US$ 4,344 bilhões em embarques em 2009, segundo dados da Secex -, a Bunge faturou R$ 31,7 bilhões no país em 2008, quando suas vendas líquidas globais alcançaram US$ 52,574 bilhões. O grupo, que tem ações negociadas em bolsa nos Estados Unidos, ainda não publicou seu balanço do ano passado e preferiu não divulgar estimativas sobre os resultados brasileiros.


Parente recebeu o Valor em sua sala na sede da Bunge em São Paulo, na zona sul da capital. Desembarcara na cidade três horas antes, vindo do QG mundial situado em White Plains, Nova York, a cerca de meia hora de trem de Manhattan. Mas já havia estado ali com o CEO global da multinacional, o brasileiro Alberto Weisser desde que as negociações entre empresa e executivo começaram, em agosto do ano passado.


Depois de apresentados, jantaram juntos e, segundo Parente, a empatia entre os dois foi imediata. “Minha vida estava arrumada. Era presidente do conselho da CPFL, participava de conselhos de outras empresas e tinha tempo para algumas consultorias. Mas fui atraído pelo desafio de fazer a integração das operações da Bunge no Brasil”, relembra.


Foi em função das estruturas replicadas de gestão das divisões Alimentos e Fertilizantes e da entrada forte em um novo segmento de atuação – açúcar e bioenergia – que a reestruturação tornou-se necessária. “É um negócio difícil, que vai do campo ao consumidor final e tem margens apertadas. Temos que extrair o maior valor possível de cada elo das cadeias nas quais atuamos”.


E essas cadeias, no que depender de Parente, vão crescer. O plano de investimentos de US$ 2,8 bilhões foi definido antes da vendas dos ativos minerais de fertilizantes para a Vale, e quando os recursos oriundos do negócio entrarem no caixa – o pagamento será em dinheiro – a divisão brasileira disputará seu quinhão.


Independentemente disso, oportunidades de aquisições no segmento de açúcar e etanol continuam no radar e novos negócios podem ser definidos a qualquer momento, sobretudo porque a incorporação da Moema está praticamente terminada, com a manutenção de quase todo o corpo administrativo – Ricardo Brito, sócio e presidente do grupo quando da aquisição é o presidente do conselho de açúcar e bioenergia da múlti no país.


“O Brasil é o país mais eficiente nessa área. Temos uma avenida de possibilidades”, disse Parente. Nas usinas que já opera nos Estados de São Paulo, Tocantins e Mato Grosso do Sul, o objetivo é sempre ter o maior índice de mecanização da colheita possível. A unidade de Pedro Afonso, em Tocantins, deverá entrar em operação em junho com capacidade inicial para moer 2,5 milhões de toneladas de cana por safra. Tanto ela quanto as usinas Santa Juliana, em São Paulo, e Monte Verde, em Mato Grosso do Sul, serão ampliadas para 4,5 milhões de toneladas até 2012.

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