A recuperação ferroviária está a todo vapor. A CSX, terceira maior operadora de carga dos EUA, demonstra isso na publicação de seu balanço trimestral na terça-feira (12). A operadora tem ações valendo US$ 0,69 cada, sete centavos a mais que o mesmo período do ano passado, e receita de US$ 2,37 bilhões, 5,5% a mais que aquela feita em 2009.
Mais do que isso, os notáveis resultados da CSX pode dar aos investidores uma visão da extensão e profundidade do ressurgimento da demanda na economia norte-americana. Os volumes transportados pelas principais operadoras de carga, que caíram 20% na última primavera, cresceram 7% neste trimestre, de acordo com a Robert W. Baird & Co.
A recuperação veio como surpresa, especialmente porque o transporte de carvão, produto mais transportado pelas ferrovias, manteve-se relativamente fraco, com um aumento de apenas 3% comparado a 2009.
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Mas o transporte de outras cargas, como produtos químicos, automóveis e metais, têm mostrado vigor em meio a uma ampla recuperação econômica. No fim de março, o volume de carga transportada atingiu seu maior nível desde novembro de 2008, de acordo com a American Association of Railroads (AAR).
As ações ferroviárias da Union Pacific e a Kansas City Southern cresceram mais de 15%, enquanto a CSX ficou para trás em 10%. Isto deixa as ações com uma relativa barganha.
A CSX, porém, teve queda no início da década de 2000. “A operadora teve um início tardio na recessão e não atingiu as metas por completo”, disse John Langenfeld, analista da Baird. Com isso, o mercado talvez subestime o potencial da empresa. Entretanto, com a nova gerência da CSX, suas margens de operação, que atingiram 25% no final de 2009, foram melhores que seus concorrentes, afirma a UBS Securities.
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