Estão previstos para iniciar ainda neste ano os estudos de implantação do Ferroanel de São Paulo. Para isso, falta apenas a assinatura de um acordo entre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Banco Mundial para o financiamento das análises, que terão também a participação do Governo de São Paulo. A expectativa foi revelada para A Tribuna pelo ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
Com a viabilização deste convênio, uma velha disputa promete voltar à tona no setor: qual tramo da obra deve ser priorizado ¬ o Norte ou o Sul. O Ferroanel é um anel viário com dois tramos. O Norte facilitará o escoamento de cargas pelos portos do Rio de Janeiro.
O Sul, por meio do Porto de Santos, à medida que irá eliminar a passagem dos trens pela Estação da Luz, na Capital. De acordo com o ministro, os termos de referência para a contratação do estudo estão em vias de serem liberados. Os documentos foram elaborados pelo governo paulista.
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A ANTT está fechando os entendimentos com o Banco Mundial para assinar o convênio, tomara que ainda neste mês. Daí, iniciar os estudos, afirmou Passos. Estes estudos vão avaliar o potencial econômico do empreendimento, separando-o por tramos.
O ministro destacou também que o melhor traçado para as linhas férreas será avaliado na contratação. Vamos trabalhar de maneira articulada (ANTT e governos Federal e Estadual) para que, ainda neste ano, tenhamos desenvolvido este estudo, que atualizará todos os dados, todos os elementos técnicos e, inclusive, sinalizando qual é a melhor alternativa de traçado para que este projeto tenha viabilidade. Sabemos que é uma obra muito importante, e queremos que seja resolvida da melhor forma, ponderou.
Rodoanel
O ministro também destacou que o ingresso do Governo do Estado no trabalho propiciará mais celeridade ao licenciamento do Ferroanel. Não porque poderá interferir diretamente na emissão de licenças, até porque esta tarefa provavelmente caberá ao Ibama, órgão federal. Mas, essencialmente, para permitir que a faixa de domínio do Rodoanel Mário Covas (a versão rodoviária do anel ferroviário, parcialmente implantada), possa ser utilizada para a construção do Ferroanel.
A ideia, conforme ressaltou o ministro, é que a obra ferroviária fique às margens do Rodoanel. Com isso, será evitado o desmatamento para a construção do ramal.
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