A Baixada Santista terá mais uma oportunidade para debater o Sistema Integrado Metropolitano (SIM), que prevê a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na interligação dos municípios da região. A audiência pública será na segunda-feira, 12 de abril, às 14 horas, no auditório do campus Dom David Picão da Universidade Católica de Santos – UniSantos (Rua Carvalho de Mendonça, 144).
Organizada pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU/SP) e a Secretaria de Estado de Transportes Metropolitanos (STM), a audiência terá como ponto central de discussão o projeto do VLT, cuja primeira etapa será a ligação entre os bairros Barreiros, em São Vicente, e Valongo (Porto), em Santos.
No seminário Baixada em Ação 2010 – Crescimento com Sustentabilidade, promovido em março pelo Instituto Impacto, o secretário estadual de Transportes Metropolitanos, José Luiz Portella, confirmou a realização da audiência. A publicação do edital está prevista para junho. E a assinatura do contrato no dia 30 de novembro.
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Projeto
O sistema será viabilizado mediante Parceria Público Privada (PPP). O investimento está orçado em R$ 688 milhões. Desse total, R$ 286 milhões são para a modernização e renovação da frota de ônibus. As prefeituras de Santos e São Vicente devem participar com investimento adicional de R$ 35 milhões em obras no entorno da faixa do VLT.
O trajeto dessa linha terá 11,2 km, com três terminais e 13 paradas. A frota inicial será de 10 veículos, sendo que cada um terá capacidade para transportar cerca de 400 pessoas. Hoje, uma viagem de ônibus entre o Barreiros e o Valongo leva, em média, 50 minutos. Quando o VLT estiver em operação, o tempo gasto no deslocamento cairá para 33 minutos.
Diariamente, 198 mil passageiros utilizam o serviço de transporte metropolitano da região. São 487 veículos distribuídos em 59 linhas de ônibus (comum e seletivo). Com o VLT, o sistema será integrado aos ônibus, o que resultará na supressão de 20% das linhas existentes. O intervalo entre os trens não passará de 4 minutos, com 15 partidas por hora.
Vantagens
O Metrô Leve terá piso baixo, facilitando o acesso de idosos e deficientes. Os veículos também serão dotados de ar condicionado.
Nas vias segregadas, vão circular com a velocidade máxima de 60 km/h. Nas travessias de ruas e avenidas, o limite será de 30km/h.
O impacto energético será 2,6 vezes menor que o dos ônibus e 5,4 vezes inferior ao provocado pelos automóveis. Além de contribuir para a redução da poluição sonora e do ar, o VLT vai ajudar a diminuir os congestionamentos e o tempo de viagem.
Outra vantagem é a durabilidade da frota: 30 anos, prazo bem superior aos 8 anos de vida útil dos ônibus articulados e biarticulados.
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