RF – Está quase tudo pronto para que o projeto Gautrain, o primeiro trem rápido de Johanesburgo, na África do Sul, inicie suas operações na Copa do Mundo de 2010. A fabricante Bombardier, que está fornecendo os veículos, afirmou que as obras para a primeira fase do projeto, o qual é chefiado pelo consórcio Bombela, já estão finalizadas. O serviço será inaugurado amanhã, 8 de junho.
O consórcio é composto pelas seguintes empresas: a empreiteira francesa Bouygues Travaux Publics; a empreiteira sul-africana Murray & Roberts; Strategic Partners Group (SPG) e a Bombardier Transportation.
O Gautrain correrá em bitola standard, de1435 mm, a 160 km/h. A rota por onde este trem percorrerá (OR Tambo-Pretoria) possui 15 km de túneis, 16 viadutos que totalizam 10 km e 50 pontes, num trajeto total de 80 km. Será finalizado em duas fases: a primeira, que será inaugurada amanhã, com a construção de quatro estações entre o Aeroporto de OR Tambo, que fica em Kempton Park, em Ekurhuleni, na província de Gauteng, até Sandton, parte nobre da cidade de Johanesburgo, também pertencente à Gauteng. E, na segunda fase, prevista para inaugurar em 2011, a linha percorrerá por mais outras seis estações, indo de Sandton até Pretoria, capital administrativa do país, localizada ao norte de Gauteng. Ao todo, serão 10 estações.
A Bombardier fornecerá 96 trens Electrostar, de quatro carros cada, para este projeto, sendo 20 deles personalizados especialmente para serem utilizados na conexão do aeroporto de OR Tambo. A empresa será responsável por outros serviços, como desenvolver o Centro de Controle Operacional (CCO), sistema de sinalização CITYFLO 250, que é proveniente da própria Bombardier, fase de testes, etc.
O custo total do projeto atingiu US$ 3,25 bilhões, contando com construção civil, fornecimento de material rodante e sinalização. A Bombardier faturou US$ 1,6 bilhão deste montante.
Soluções
A Bombardier apresentará no encontro da Alamys (Associação Latino Americana de Metrôs e Subterrâneos), que acontece até quarta-feira (9), em São Paulo, suas soluções para os problemas de transporte da metrópole paulista.
Dentre as opções, a multinacional dará atenção especial a duas tecnologias que estão chamando a atenção dos brasileiros: o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e o monotrilho. São sistemas de média capacidade, onde o fluxo de pessoas não exige trens de infraestrutura pesada, como o metrô convencional.
Segundo a Bombardier, o monotrilho consegue transportar até 50 mil passageiros hora/sentido, e seu custo de implantação é aproximadamente a metade daquele investido em uma linha de metrô. Ou seja: são de US$ 40 milhões a US$ 80 milhões em um monotrilho, contra US$ 90 milhões a US$ 150 milhões de um sistema de metrô subterrâneo. O prazo de construção, no caso destes veículos alternativos, também é muito menor, pois dispensam túneis e galerias.
Recentemente, a Bombardier venceu uma licitação em Riade, na Arábia Saudita, e fornecerá seis monotrilhos driverless (sem condutor) de dois carros, modelo INNOVIA Monorail 300, em um trajeto de 3,6 km, que será instalado no distrito de King Abdullah. O contrato foi fechado com a Saudi Oger Ltd., empreiteira líder do país.
LEIA TAMBÉM:
Bombardier busca mais monotrilhos
Seja o primeiro a comentar