A atuação do BNDES e dos fundos de pensão, além da do BB e da Caixa Econômica Federal, garantiu a realização, nos últimos anos, de grandes operações de reestruturação da economia nacional.
Foi por meio do banco de fomento e dos três principais fundos de pensão ligados a estatais federais que o Planalto consolidou a fusão Oi/BrT.
Além da participação acionária, o BNDES emprestou R$ 6 bilhões para concretizar o negócio. O BB entrou com R$ 4 bilhões. O governo ainda alterou a legislação para permitir a fusão.
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O BNDES desembolsou R$ 400 milhões na fusão de Sadia e Perdigão.
Depois de a Sadia, da família do ex-ministro Luiz Fernando Furlan, ter amargado perdas elevadas com aplicação no mercado de derivativos, o negócio foi a alternativa para salvá-la. Antes da fusão, o BNDES era o maior financiador da Sadia.
Também por conta de perdas com operações no mercado de derivativos, Aracruz e VCP (de Antônio Ermírio de Moraes) contaram com a ajuda do BNDES para montar a operação que resultou na criação da Fibria -compra da Aracruz pela Votorantim.
Além disso, a VCP foi capitalizada indiretamente com a venda de participação expressiva do Banco Votorantim para o BB.
Na última etapa da reestruturação do setor petroquímico nacional, a Ipiranga foi comprada por Petrobras, Braskem e Ultra. A estatal levou a parte menos nobre no segmento de distribuição, embora tenha pago valor maior.
A Braskem saiu fortalecida na operação, ficando com os mercados de distribuição mais relevantes.
Além disso, no fim do primeiro mandato, os fundos de pensão e o BNDES montaram uma operação para salvar a Brasil Ferrovias, que controlava a Ferronorte. Foi injetado R$ 1,4 bilhão, com a incorporação da empresa pela ALL, que conta com a participação dos fundos.
Agora, Lula cobra das entidades de previdência complementar investimentos na Ferronorte.
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