ÁFRICA DO SUL- As duas semanas de abertura trouxeram alguns extremos ao primeiro link ferroviário do aeroporto de Joanesburgo – no primeiro fim de semana o Gautrain transportou cerca de 40.000 passageiros e na sexta-feira, dia 18 de junho, a empresa de concessão Bombela reduziu a velocidade dos trens em função do clima frio.
Errol Braithwaite, executivo técnico da Bombela disse à imprensa local que havia dois trens funcionando na manhã de sexta-feira após alguns sinais de aviso acionados depois de outra noite fria.
Em vez de atingir sua velocidade normal de 160 km/h, os trens foram restringidos a circular a apenas 60 km/h em decorrência das baixíssimas temperaturas. Isso significa que em vez de levar 12 minutos no trajeto entre o aeroporto e Sandton, a viagem levou 30 minutos.
O Gautrain recebeu mensagens de “alerta” em seus sistemas em virtude do clima frio da noite de quinta-feira, dia 17 de junho. Como medida de precaução, a Bombela implementou uma restrição de velocidade entre Sandton e o aeroporto.
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De acordo com Errol Braithwaite, é normal reduzir a velocidade do trem em condições de clima frio e gelo.
Isso acontece em todo o mundo. Em caso de neve, geada e gelo, a velocidade dos trens é reduzida como medida de precaução, pois a sinalização e outros equipamentos eletrônicos podem ser afetados, disse à imprensa local.
De acordo com as fontes da Airrail NEWS, no Reino Unido os trens são parados se a neve atingir 200 mm acima do nível do trilho, e as únicas restrições de velocidade são para trens com freio a disco na neve. Não há redução de velocidade em caso de gelo.
A temperatura em Joanesburgo na noite de quinta-feira, dia 17 de junho, e na manhã de sexta-feira, dia 18 de junho, foi de cerca de -1 ºC.
A Airrail News perguntou a Bombela porque exatamente estas restrições foram impostas. Que risco foi controlado pela restrição de velocidade e que elemento do sistema foi protegido – o trem, a sinalização? Trata-se de uma questão de projeto ou de instalação?
A única reposta recebida foi de que a Bombela está se preparando para outra semana atarefada, pois na primeira semana de operações, após a abertura do sistema, o Gautrain foi dominado por um “tsunami” de cerca de 40.000 passageiros (ultrapassou muito o volume previsto).
Juntamente com os viajantes do aeroporto e a demanda adicional de passageiros da Copa do Mundo, o resultado inevitável foram longas filas nas estações e grande espera pelos trens.
A Bombela anunciou que para minimizar o congestionamento equipes adicionais de segurança e operação foram utilizadas e que os trens começaram a circular em intervalos de 8 minutos em vez dos intervalos de 30 minutos planejados inicialmente.
À medida que estes serviços adicionais foram adotados, o sistema de sinalização automaticamente reduziu a velocidade de todos os trens para 30 km/h até que os headways entre eles estivessem nivelados. Conforme a empresa de concessão, este processo levou cerca de 30 minutos e imediatamente depois disso todos os trens circularam novamente a 160 km/h com novos intervalos de 8 minutos.
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