VLT: movido por eletricidade ou diesel?

Com o incremento das obras de mobilidade no País, um sistema de transporte com maior capacidade e menor custo de implantação tem ganhado espaço no mercado brasileiro: o VLT (Veículo Leve Sobre Trilho).


Para atender a uma demanda cada vez mais crescente, diversas empresas mundiais têm apostado no potencial brasileiro. Siemens, Alstom e Bombardier, por exemplo, são gigantes que se interessam pelos projetos deste tipo no País – apostando na energia elétrica para conquistar novos clientes. Já a Bom Sinal, empresa brasileira que também investe neste nicho, oferece ao mercado VLTs movidos a diesel ou biodiesel.


Para José Baião, presidente da Aeamesp (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô), por uma questão histórica, a tendência é que os sistemas elétricos sejam a maioria a entrar em operação em território nacional.


“No passado, tivemos uma boa experiência com os bondes elétricos. Entretanto, este modelo de transporte foi abolido. Já na Europa, os VLTs em operação são a evolução do sistema de bondes. Por isso, devido à vivência e ao êxito obtido no passado os brasileiros devem optar pelo sistema elétrico”, argumenta.


Todavia, a Bom Sinal tem abocanhado bons negócios no Nordeste brasileiro. Recentemente, a companhia entregou as composições que integram o sistema de VLTs do Ceará. Além disso, foi a vencedora dos contratos para fornecer o sistema à Maceió e Recife (PE).


“O sistema movido a diesel é muito positivo para regiões menores, pois estas não possuem grandes centros poluidores. Além disso, as composições são renovadas sem a necessidade de modificações drásticas das vias de circulação”, explica Baião.


Contras do elétrico


Segundo projeções da Bom Sinal, a diferença entre a implantação de um VLT Elétrico e o diesel é que o custo do primeiro supera em US$ 20 milhões, por quilômetro, o valor do sistema nacional. (*)


Porém, Juarez Barcellos, gerente de Vendas da Siemens, destaca que “o custo de implantação do sistema depende, sobretudo, das características da linha a ser construída, podendo variar dependendo do tipo de solo, ocupação e necessidade de desapropriação, demanda estimada para o sistema, comprimento da linha, compartilhamento da faixa e volume de obras de arte, entre outros fatores”.


Baião é enfático ao defender que para as grandes cidades a melhor opção é o sistema elétrico. “Nossas metrópoles já sofrem demais com a poluição dos automóveis, caminhões e ônibus. Não seria admissível um sistema que colaborasse com este problema”, destaca.

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Fonte: WebTranspo

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