Luiz Antonio Pagot, diretor geral do DNIT, declarou que a matriz de transporte brasileira se prepara para uma mudança.
Avaliando o quadro da infraestrutura nacional, o diretor diz que há uma articulação por parte do Governo Federal para a construção de novas rodovias e investimentos em ferrovias, hidrovias e terminais intermodais.
No entanto, Pagot afirma que a manutenção também deve ser levada em conta. A mudança proporcionaria um ganho ao País, diz ele. “A mudança na matriz de transporte urge para garantir competitividade aos produtos, para integrar regiões e reduzir desigualdades”, destacou.
Um passo já foi dado, segundo ele, com a criação do “Plano Nacional de Viação Ferroviária”, que integrará mais oito mil quilômetros de ferrovias à malha nacional, como a Nova Transnordestina, a Oeste-Leste, a Norte-Sul e a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste.
Segundo o diretor do Dnit, em 2025, 32% do transporte de cargas do País será feito por meio de trens. Atualmente, 65% do transporte é realizado por rodovias.
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O investimento em hidrovias – R$ 3 bilhões aproximadamente, para a elaboração de projetos – deverá impulsionar também o modal ferroviário. Atualmente, o Brasil, que possui um potencial navegável de quatro mil quilômetros, utiliza apenas 700.
Com isso, o modal hidroviário pode ser responsável pelo transporte de 30 milhões de toneladas de carga por ano; hoje são apenas cinco milhões de toneladas. Mas para isso, o setor precisa passar por obras, como de derrocagem. A previsão é que esse volume de transporte de carga seja alcançado em quatro anos.
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