Na próxima sexta-feira uma gigantesca broca de 9,5 metros de diâmetro concluirá os 57 km do túnel que atravessará os Alpes suíços para se transformar no mais longo do planeta.
As obras, iniciadas há 15 anos e que retiraram 13,5 milhões de m³ de rocha para abrir o túnel de Gothard, mobilizaram 2,5 mil pessoas e provocaram oito óbitos em acidentes.
“Obra do século”, como foi definido pela imprensa suíça, o novo túnel permitirá unir em 2017 as cidades de Zurique e Milão em apenas duas horas e 40 minutos. Os trens de passageiros vão circular a uma velocidade de 250 km/h e as composições de carga atingirão 160 km/h, o dobro da velocidade atual.
O túnel de Gothard, cujo custo já ultrapassou os 7,5 bilhões de euros, desbancará o túnel de Seikan (53,8 km), que une as ilhas japonesas de Honshu e Hokkaido, como o mais longo do mundo. “É um projeto notável”, destacou o comissário europeu de Transportes, Siim Kallas.
Situada no coração do continente europeu, mas sem integrar a União Europeia, a Suíça adotou em 1994, por referendo, a chamada “iniciativa dos Alpes”, que prioriza o transporte ferroviário de mercadorias sobre o transporte por rodovias.
A partir de 2017, mais de 300 trens poderão circular pelo túnel de Gothard, um volume muito superior ao registrado pelo atual túnel, construído há 128 anos e com apenas 15 km.
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