A via férrea considerada a mais difícil e mais cara de construir da China entrou hoje em operação. A linha iniciou sua operação às 10h18, quando o trem carregando mais de 900 passageiros partiu da Estação de Enshi, na Província de Hubei, no centro do país, em uma viagem de duas horas à cidade de Yichang, também em Hubei. A viagem cobre mais da metade da rota, de 377 quilômetros, que liga Yichang ao distrito de Wanzhou, no vizinho Município de Chongqing, no sudoeste do país.
Cinco trens percorrerão toda a rota e mais trens serão adicionados em 11 de janeiro para que se obtenha o funcionamento total da ferrovia. Foram necessários cerca de 50 mil trabalhadores ao longo de sete anos para completar a construção de 159 túneis, 253 pontes em diversas montanhas no lado leste do Planalto Yunnan-Guizhou.
A extensão total das pontes e dos túneis representa 74% do comprimento total da linha ferroviária. No caso mais extremo, os trabalhadores gastaram quase seis anos para furar um túnel via Montanha Qiyue devido às condições geológicas complexas e perigosas.
A ferrovia, com um investimento total de 22,7 bilhões de yuans (US$ 3,41 bilhões), é a via férrea mais cara em termos de custo por quilômetro, considerando o custo de 60 milhões de yuans (US$ 9 milhões) por quilômetro, em comparação aos 29 milhões de yuans (US$ 4,35 milhões) da ferrovia Qinghai-Tibet.
A ferrovia Yichang-Wanzhou reduzirá o tempo de viagem entre Chongqing e Wuhan, capital de Hubei, de 22 horas para cinco horas. O tempo de viagem de outras cidades no centro e leste da China ao sudoeste também será significativamente reduzido, o que trará novas oportunidades aos residentes que moram nas montanhas afastadas.
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