A construção de um quilômetro de linha de Trem de Alta Velocidade custa de 12 a 30 milhões de euros e o valor anual para manter esse quilômetro é de 70 mil euros. A informação foi divulgada no I Curso TAV – Formação em Alta Velocidade – pela diretora financeira da Alstom, Christiane Aché, na apresentação sobre análises econômica e financeira de projetos de alta velocidade, feita em conjunto com o diretor do departamento de Trens de Alta Velocidade e coordenador da região Latino Americana da UIC, Ignacio Barrón.
De acordo com os dados apresentados, o custo de um Trem de Alta Velocidade, com 350 lugares, varia entre 20 e 25 milhões de euros, e a manutenção do trem em torno de 1 milhão de euros ao ano. Na construção de uma linha de alta velocidade, a infraestrutura representa 60% dos custos, seguida da via (15%), eletrificações e instalações (10%); estudos e projetos (8%) e o terreno (7%).
Os números são grandiosos e por conta disso são necessários estudos detalhados do projeto, que incluem a previsão de tráfego, custos e benefícios, os impactos e ainda a possibilidade de não fazer o projeto. “Se considera muito mais elementos do que se pode imaginar quando se está modelando um projeto”, explicou Christiane. “A implantação da linha tem um grande impacto na sociedade e para um país é importante ter um Trem de Alta Velocidade. É motivo de orgulho.”
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Durante três dias, especialistas do Brasil e do mundo estiveram reunidos em São Paulo para debater e apresentar projetos sobre alta velocidade. O projeto do TAV brasileiro também fez parte do debate. Orçado em R$ 34 bilhões, a primeira linha de alta velocidade da América Latina terá 510,8 km de percurso, ligando Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. A entrega das propostas do projeto está marcada para 11 de abril de 2011 e o leilão, em 29 de abril.
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