A decisão da Justiça de proibir a assinatura do contrato para a construção da Linha 17-Ouro do Metrô não vai atrasar a obra, afirmou neste sábado (12) o presidente do Metrô SP, Sérgio Avelleda. A linha será um monotrilho que ligará a Estação Jabaquara (Linha 1-Azul) ao Estádio do Morumbi – com um ramal até o Aeroporto de Congonhas. A garantia de que o prazo será cumprido foi dada por Avelleda durante encontro com moradores do bairro Paraisópolis, na zona sul, onde está prevista a construção de uma estação.
A proibição da assinatura do contrato foi estabelecida em liminar (decisão provisória) concedida pela juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 3ª Vara da Fazenda Pública. O processo para que a obra não avance é movido pela Sociedade dos Amigos de Vila Inah (Saviah). Para a entidade, o monotrilho é caro e não atende a demanda dos bairros por onde irá passar.
A nova linha, além de ser interligada com a Estação Jabaquara, fará integração com a futura Estação Água Espraiada da Linha 5-Lilás, com a Estação Morumbi da Linha 9-Esmeralda da CPTM e com a Estação São Paulo-Morumbi, da Linha 4-Amarela. “Na realidade, a liminar ainda não nos provoca atrasos porque proíbe apenas a assinatura dos contratos e ainda estamos na fase de licitação”, diz Avelleda. “Já entramos com um recurso e acreditamos que a decisão será revertida antes do término da licitação, que vai demorar mais dois meses.”
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
- SP nos Trilhos: os projetos ferroviários na carteira do estado
O presidente da União de Moradores de Paraisópolis, Gilson Rodrigues, defendeu a obra. “Levamos, todos os dias, mais de uma hora da comunidade até o centro”, destaca, acrescentando que em Paraisópolis eles já colheram mais de 30 mil assinaturas a favor da construção do monotrilho.
Os moradores do Morumbi, Vila Sônia e Butantã são contra o projeto porque acreditam que irá degradar a paisagem e desvalorizar os imóveis. A previsão é que parte da obra seja entregue em 2014.
Ivis Jadul, vice-presidente da Saviah, acredita que a proposta é cara e não adequada a demanda. “O projeto foi aprovado porque na época existia a história do estádio do São Paulo Futebol Clube abrigar jogos da Copa. A lógica de ligar o aeroporto até o estádio não existe mais porque o estádio não será mais usado”, diz.
Seja o primeiro a comentar