No segundo dia do Curso TAV – Formação em Alta velocidade, os participantes puderam conhecer um pouco mais sobre a infraestrutura e operação dos trens de alta velocidade já operantes em países como Alemanha, Coréia, Espanha, França, Itália e Japão. Ao relatar as características de cada produto, os palestrantes internacionais destacaram que pontos devem ser analisados previamente para a construção do TAV no Brasil.
Ignácio Barrón, diretor do Departamento de Trens de Alta Velocidade e coordenador da região latino-americana da União Internacional de Ferrovias, destacou que o país deve adotar uma tecnologia voltada para suas próprias necessidades. “Seria um erro dizer que será adotado o sistema francês, ou o japonês. O Brasil tem que adotar o sistema brasileiro”, afirmou. Segundo o diretor, a implantação do Trem de Alta Velocidade será importante não apenas para a mobilidade, mas também para o desenvolvimento tecnológico e comercial das regiões por onde passará a linha.
O tipo de material rodante, infraestrutura e superestrutura devem ser especialmente adaptados às condições brasileiras, levando com consideração o relevo, velocidade dos ventos, demanda e clima. “Deve-se pensar que o TAV brasileiro irá circular em regiões extremamente úmidas, quentes e, em muitos casos, muito frias. Então os equipamentos elétricos, aerodinâmica e a potência do ar-condicionado devem ser adaptados à realidade brasileira”, afirmou Ignacio.
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Em diferentes países onde os trens de alta velocidade já circulam, foram necessárias diversas adaptações para tornar as viagens viáveis. No Japão, os trens necessitam de estrutura resistente a terremotos. Já na Espanha os desafios são os ventos fortes, que obrigam a ter um material rodante mais pesado, além da presença de túneis ao longo da via. O TAV alemão corta linhas férreas comuns, além de muitas rodovias. Para isso, os carros e a infraestrutura devem ser adaptados para não causar desconforto nas viagens, como mudanças bruscas de velocidade.
Hoje é o último dia do I Curso TAV – Formação em Alta Velocidade. Veja a programação completa
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