Ferrovias ainda não são competitivas na cabotagem

A cabotagem, que consiste no transporte marítimo de cargas entre portos interiores do país, foi um dos temas do segundo dia do Intermodal South America, que começou ontem (05/04), em São Paulo.


Gustavo Costa, gerente geral de cabotagem da Aliança Navegação e Logística – empresa que realiza o transporte costeiro no Brasil – falou sobre esse tipo de navegação e os desafios da intermodalidade no setor.


Segundo ele, o transporte de contêineres para os portos que realizam a cabotagem no país é predominantemente feito por rodovias, e as ferrovias ainda não se mostraram competitivas nesse segmento.


O representante da Aliança ressaltou que o transporte ferroviário de contêineres deve ser impulsionado para que se torne uma alternativa às rodovias. “Se pensarmos na emissão de gás carbônico, por exemplo, as ferrovias são muito menos poluentes”, destacou.


Costa também enfatizou a necessidade de haver maior integração entre as principais concessionárias, para que seja possível cobrir gargalos e tornar as ferrovias grandes provedoras da cabotagem.


O modelo do vagão double-stack desenvolvido pela AmstedMaxion e a empresa Brado Logística – braço da ALL para transporte de contêineres – também foram destacados por Costa. “Esperamos que, com modelos como esses, as ferrovias voltem a investir nos contêineres”, afirmou.

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