A conferência Rail and Metro Latin America, realizada em São Paulo, teve início nesta quarta-feira, 11/05, com a apresentação de palestras ligadas a infraestrutura e novas tecnologias para o sistema metroferroviário. No primeiro dia de evento, temas como o projeto do TAV Rio-São Paulo e a tecnologia CBTC (communication-based train control) foram abordados por especialistas da área.
O superintendente executivo da ANTT, Hélio Mauro França, falou sobre os estudos e traçados feitos para estimar a viabilidade e demanda do trem de alta velocidade que ligará Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. Segundo o executivo, não há previsão de que a licitação seja adiada novamente e, segundo o cronograma, a homologação do vencedor deve sair no dia 24/10. A assinatura do contrato de concessão acontece três meses depois, em 24/01/12.
Gabriel Pérez Salas, superintendente de transporte e logística da Comissão Econômica das Nações Unidas para América Latina e Caribe, falou sobre a necessidade do desenvolvimento de planos ‘co-modais’, que integrem todos os modelos existentes para atender às necessidades de transporte da população. “Hoje o transporte público tem que fazer parte da agenda e dos investimentos do governo”, ressaltou. Ele também enfatizou que o modal ferroviário é mais econômico e sustentável, pois emite menos CO2 no meio ambiente.
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O sistema CBTC foi tema da palestra de Gerard Yelloz, vice-presidente da Siemens Mobility, que explicou, com base no metrô de Nova Iorque, as vantagens desse sistema de controle baseado em transmissão via rádio. Milton Gioia, gerente de projetos do Metrô SP, mostrou o andamento da implantação do CBTC nas linhas de São Paulo. “A necessidade de diminuir os intervalos entre trens é iminente”, destacou. De acordo com o cronograma, até o final de outubro todos os trens da linha 2-Verde deverão estar operando com o sistema.
A linha 4 – Amarela do metrô de São Paulo, que opera totalmente com tecnologia driverless (sem condutor), foi um dos destaques do primeiro dia da conferência, por ter tecnologia avançada e ser a primeira parceria público-privada em metrôs na América Latina. “Estamos vivendo uma fase importante, em que o concessionário e o poder concedente estão aprendendo a trabalhar em conjunto”, afirmou Jorge Secall, diretor da Via Quatro.
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