Com a promessa de não adiar novamente o leilão, marcado para 29 de julho, nem mudar o modelo de licitação, o governo cedeu às demandas da iniciativa privada no projeto do trem-bala e fará algumas alterações no edital para garantir a participação do maior número possível de empresas.
Deve-se abrir a possibilidade de não transferência imediata de tecnologia para o país e mais flexibilidade ao traçado da linha, informa a repórter Vivian Oswald.
A alteração do traçado pode ter implicações sobre os custos do grupo vencedor, já que a ligação entre Rio, no nível do mar, e São Paulo, a 750 metros, terá de passar por uma longa serra, com desvios e construção de túneis.
POD NOS TRILHOS
- Investimentos, projetos e desafios da CCR na mobilidade urbana
- O projeto de renovação de 560 km de vias da MRS
- Da expansão da Malha Norte às obras na Malha Paulista: os projetos da Rumo no setor ferroviário
- TIC Trens: o sonho começa a virar realidade
Já o maior prazo para a transferência de tecnologia permite que as empresas superem barreiras jurídicas e até regulamentos internos para passar seu conhecimento a terceiros.
Algumas têm limitações para fazê-lo de uma só vez. Além disso, é uma forma de protegê-las da concorrência por outros trechos, como Curitiba-SP, Belo Horizonte-SP e SP-Triângulo Mineiro.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) deve publicar todas as modificações já nos próximos dias. O secretário executivo do Ministério dos Transportes, Paulo Passos, se disse otimista com a formação dos consórcios e afirmou que sul-coreanos, japoneses, franceses e alemães continuam no páreo.
Seja o primeiro a comentar