A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) pedirá formalmente amanhã ao governo federal a criação de uma empresa de planejamento para o setor de transportes nos moldes da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).
“O problema no transporte não é falta dinheiro, e sim falta de um planejamento integrado, que pense todos os modais para melhor utilizar cada um deles”, diz Carlos Cavalcanti, diretor do departamento de infraestrutura da Fiesp.
Segundo Cavalcanti, o Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT), do Ministério dos Transportes, é apenas um conjunto de obras e peca pela falta de visão das necessidades futuras e estabelecimento de metas. “Se os diferentes modais de transporte não se comunicam, quem cuida de aeroportos vai querer fazer mais aeroportos, quem cuida de rodovia, mais rodovia.
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Mas isso tem um limite. É preciso buscar racionalidade, o que só o planejamento integrado pode trazer”, diz o executivo.
O setor de energia é tido como um exemplo na área de infraestrutura em relação ao planejamento. A criação da EPE se deu durante a gestão da presidente Dilma Rousseff no Ministério de Minas e Energia. “Ela tem experiência nisso, não é algo que o governo não conheça.”
O pedido será feito durante o 6º Encontro de Logística e Transporte da Fiesp, nesta terça e quarta.
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