O comitê gestor de Parcerias Público Privadas (PPPs) do governo de Pernambuco vai analisar hoje o plano de construção de um complexo logístico no litoral norte do Estado. Estimado em R$ 3 bilhões, o projeto terá sua viabilidade avaliada nos próximos 90 dias, por meio de estudos que serão conduzidos pelos grupos STR Projetos e Promon Engenharia, potenciais investidores privados.
Conforme antecipou ontem o Valor, o empreendimento prevê a construção de um porto e um aeroporto integrados à rodovia BR-101, que passa pela região próxima ao município de Itamaracá. Segundo o secretário de Desenvolvimento de Pernambuco, Geraldo Julio, o novo ancoradouro será complementar ao porto de Suape, que já não estaria dando conta da demanda de algumas empresas interessadas em se instalar em Pernambuco.
A viabilização do projeto também atende ao interesse do governo de distribuir melhor o desenvolvimento no Estado, hoje centralizado em Suape, que fica a 50 quilômetros do Recife. De acordo com o secretário, entre 1999 e 2008 os municípios do litoral norte registraram crescimento médio de 25%, contra cerca de 86% das cidades próximas a Suape.
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“Foi identificada uma demanda de crescimento logístico no litoral norte de Pernambuco, uma vez que o litoral sul já está amplamente explorado com o Porto de Suape”, concorda o diretor e sócio do BTG Pactual, Conrado Sandim. Sócio da STR desde o ano passado, o banco deverá preparar a modelagem financeira do empreendimento, assim que sua viabilidade econômica for comprovada.
Também hoje o governo vai analisa uma proposta do grupo Libra, que atua no porto de Santos, para a construção de uma plataforma logística no município de Salgueiro, a 500 quilômetros do Recife, onde será o entroncamento da Ferrovia Transnordestina. O projeto, orçado em R$ 600 milhões, terá seus estudos concluídos em seis meses.
Já a Invepar, controlada pelos fundos de pensão Previ, Funcef e Petros e com participação minoritária da empreiteira OAS, está interessada em construir o arco rodoviário que atenderá o litoral norte pernambucano, projeto calculado em R$ 1,8 bilhão. Após a conclusão dos estudos, a tendência é de que o governo opte pelas PPPs para a realização dos empreendimentos.
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