O I Encontro Nacional de Tecnologia Metroferroviária, que teve início ontem, também trouxe à tona o tema sustentabilidade. Na manhã desta quarta-feira, 06/07, mais dois trabalhos técnicos foram apresentados e, apesar de distintos, levaram ao público um ponto em comum: a preocupação com a modernização das ferrovias e a preservação do meio ambiente.
O primeiro trabalho, apresentado por Mariana Cosenza, da Universidade Federal do Ouro Preto, falou sobre a utilização de escória de aciaria – produto resultante da produção do aço – como lastro de via permanente. Desenvolvido no Laboratório de Ferrovia e Asfalto da UFOP, o trabalho analisou como utilizar a escória de aciaria LD sem risco de contaminação ao meio ambiente, por meio de um tratamento de 90 dias, que viabiliza a utilização de escória não perigosa e não inerte.
Já o trabalho apresentado pelos engenheiros Walter Vidon Júnior e Célia Rodrigues falou sobre as vantagens da utilização de dormentes de plástico reciclável, que começaram a ser fabricados no Brasil em 2004. O foco do trabalho técnico também foi na sustentabilidade, uma vez que, segundo os autores, para a produção de 3 milhões de dormentes de plástico, 396 mil toneladas de plástico são recicladas – além da vida útil do dormente plástico ser três vezes maior que a do dormente de madeira.
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O I Encontro Nacional de Tecnologia Metroferroviária, realizado pela Revista Ferroviária em parceria com o Simefre e a ABNT, visa retomar as discussões sobre novas tecnologias para o setor. Os melhores trabalhos técnicos serão anunciados hoje, no encerramento do encontro, e se transformarão em normas técnicas.
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