Uma das maiores ambições espaciais hoje chega a assustar pela grandiosidade: um trem de levitação magnética que custa US$ 60 bilhões, e mede 1.609 quilômetros de comprimento, 19,3 quilômetros de altura e viaja a 32.186 km/h partindo do solo e atingindo a órbita terrestre baixa. Os desenvolvedores do projeto Startram acreditam que ele pode reduzir o custo por quilo das cargas transportadas de cerca de US$ 10 mil para apenas US $ 50.
Segundo o site “Popsci”, uma rápida análise de custo x benefício indica que faz sentido. Mas e a tecnologia? Aqui está a essência do Startram: lançar um trem de levitação magnética em um túnel a vácuo preso ao chão, acelerá-lo durante cinco minutos para velocidades de até 5,6 km/s, e lançá-lo a partir do final do referido túnel – que precisa ser esticado cerca de 19,3 quilômetros em direção ao céu, até atingir uma altitude onde o ar é rarefeito o suficiente para não destruir o veículo, que, neste momento, atingiria uma velocidade aproximada de cerca de 20 mil km/h.
Não há nenhuma etapa da construção de um trem de levitação magnética super-rápido que não seja factível hoje (o quão seguro ele é seria uma outra questão). Como manter suspenso no ar o túnel de cerca de 19,3 quilômetros? Com levitação magnética, é claro. James Powell, um de seus inventores, e seu parceiro George Maise projetam que, se eles instalassem um cabo supercondutor abaixo do solo do túnel transportando 200 milhões de amperes e um cabo no tubo de lançamento em si, com 20 milhões de amperes, o túnel ficaria suspenso via levitação magnética, com cabos enormes segurando-o na posição.
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Aparentemente, o Sandia National Labs revisou a proposta e não encontrou um motivo para descartá-la como uma possibilidade, embora dispor de US$ 60 bilhões pareça o cenário menos provável . Mas o Startram tem um ponto favorável: o programa dos ônibus espaciais custou quase três vezes mais do que isso ao longo de três décadas. Talvez um trem expresso para a órbita baixa da Terra seja exatamente o que o mercado espacial precisa. Mas apenas como registro, não estamos sugerindo que qualquer um dos nossos leitores se inscreva para o passeio inaugural.
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