Thales centraliza seus negócios no Brasil

A partir da próxima semana, a francesa Thales estará transferindo a sua sede na América Latina do México para o Brasil. O escritório em São Paulo, que está sendo ampliado, será comandado pelo vice-presidente da Thales na região, Cesar Kuberek, e o diretor geral da empresa no Brasil, Julien Rousselet. Único país da América Latina que tem hoje vários projetos de grande porte em cada linha de negócios da Thales, o Brasil se tornou estratégico para suas operações nas áreas de defesa e segurança. Mais de 70% dos radares de tráfego aéreo hoje instalados no país são da companhia.


“Os projetos estruturais do Brasil na área de monitoramento de fronteiras marítimas, aéreas e terrestres colocam o país em uma liderança evidente em comparação com os países vizinhos da região”, disse o vice-presidente Cesar Kuberek.


Segundo estimativa feita pela Abimde (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), os investimentos no setor de defesa no país devem movimentar negócios da ordem de US$ 120 bilhões nos próximos 20 anos. “Na área de transportes, onde a Thales também tem uma atuação forte, o governo brasileiro programou investimentos da ordem de 50 bilhões de euros”, destacou o executivo.


O primeiro projeto da Thales nessa área no Brasil foi para o metrô de São Paulo, com o desenvolvimento do sistema de sinalização do monotrilho da nova linha 17. O projeto do trem de alta velocidade e a implantação de sistemas de pedágios em rodovias, segundo ele, também estão na lista de prioridades da Thales no mercado brasileiro.


No projeto do metrô de São Paulo, a Thales foi subcontratada pela CR Almeida e Andrade Gutierrez, que também é parceira da empresa em alguns projetos na área de defesa. A Thales e a AG disputaram juntas a licitação do Exército, vencida pela Embraer, para fazer a primeira etapa do Sisfron (Sistema de Monitoramento de Fronteiras), envolvendo uma área de 650 quilômetros.


Para o vice-presidente da Thales, o fato de a empresa não ter vencido a primeira etapa dessa licitação, não impede que ela participe de outros projetos no âmbito do Sisfron. O monitoramento das regiões de fronteira do Sisfron contempla uma área total de 17 mil quilômetros quadrados. Temos uma boa proposta técnica e de transferência de tecnologia para oferecer ao Exército”, argumentou Kuberek.


O executivo conta que já forneceu para o Exército Brasileiro um sistema de comunicações multimídia para intercomunicação em campo de batalha digital. O sistema, batizado de Sotas, foi adquirido para equipar os veículos de combate do Exército, entre eles o Urutu, o Guarani e o M-113. A tecnologia foi desenvolvida no Brasil por meio da Omnisys, adquirida pela Thales em 2011.


A Omnisys se tornou um dos centros globais de Pesquisa e Desenvolvimento da Thales e, a partir dela, pretende colocar em práticas seus projetos de transferência de tecnologia de interesse do governo brasileiro.


O brasileiro Edgard Menezes, presidente da Omnisys, diz que desde a entrada da Thales na empresa, em 2005, seu faturamento expandiu, tendo fechado 2011 com uma receita total de R$ 80 milhões. “Em 2001, quando tínhamos apenas três funcionários, a nossa receita girava em torno de R$ 1 milhão. Hoje, temos 226 colaboradores”, ressalta.


Outro exemplo de transferência de tecnologia importante para a Ominisys, segundo Menezes, é o radar de banda L, para controle de tráfego aéreo, que desenvolveu para o Brasil e já exportou para a China e outros países. Dos 30 radares já produzidos no Brasil, 12 foram exportados. O projeto de desenvolvimento contou com o apoio da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e o investimento total foi da ordem de R$ 10 milhões.


Entre os projetos em andamento, a Thales destaca ainda o desenvolvimento do radar autodiretor do novo míssil brasileiro antinavio para a Marinha, que substituirá o atual míssil Exocet.


No segmento espacial, a Thales, uma das líderes no mundo, está de olho no projeto do primeiro satélite geoestacionário brasileiro, que será comprado de um fornecedor externo até 2014 e para o qual já existe uma verba de R$ 720 milhões. “A nossa expectativa é que o RFI (sigla em inglês para pedido de informações) seja enviado para as empresas ainda em setembro”, comentou.


Na área de segurança, a Thales quer replicar no Brasil a experiência desenvolvida para a Cidade do México, com implantação de oito mil câmaras de segurança e cinco centros de controle policial, informou Julien Rousselet.

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