Fiscalizada por quatro funcionários ao longo de 27 quilômetros, as estradas de ferro que ligam Campinas (SP) a Americana são atravessadas diariamente por pedestres. Eles ignoram o risco de acidentes e há moradias construídas a menos de dez metros dos trilhos. “Eu já vi [um acidente] com um menino. Ele foi atravessar e o trem cortou a perna dele”, lembrou a dona de casa Dejanira Rodrigues.
No bairro Jardim Sumarezinho, em Hortolândia (SP), a cozinheira Maria Aparecida Santos Silva disse que “conta com a sorte” durante a rotina. Em algumas ocasiões, ela precisa percorrer o espaço entre os vagões para cruzar os trilhos. “Eu passo, atravesso. Quando volto de lá, para minha casa, passo de novo”, explicou.
Em Nova Odessa (SP), a equipe da EPTV flagrou quatro homens que faziam “surfe ferroviário”. Dois estavam em pé sobre o trem, enquanto os demais estavam de carona sobre o último vagão.
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Outro lado
A América Latina Logística (ALL), concessionária que administra os trilhos na região, informou que o número de fiscais é suficiente. Por meio de assessoria, também alegou que realiza campanhas de conscientização.
A concessionária disponibliza o telefone 0800 701-22-55 para que a população faça denúncias, em caso de irregularidades.
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