Presidente da Alstom acredita no crescimento ferroviário

Se não resolver os problemas de infraestrutura, o Brasil não vai crescer de forma sustentável a um ritmo de 4% ao ano, diz o presidente da Alstom do Brasil, Marcos Costa.
Segundo ele, seria mais barato levar até as usinas de Belo Monte ou Teles Pires turbinas e outros equipamentos importados da China que os fabricados na unidade da empresa na cidade paulista de Taubaté.


Um dos principais gargalos, diz Costa, é a navegação de cabotagem (entre dois portos do país). Na avaliação do executivo, falta concorrência, não há transporte disponível e os preços são muito altos.


Ele espera que parte dos custos de transporte do país comecem a ser reduzidos daqui a cinco anos. “Se o Brasil não capacitar sua infraestrutura, não vai crescer, trazer os investimentos e crescer no nível que precisa.. É um gargalo de toda a economia brasileira hoje a infraestrutura.


Como é o transporte dos equipamentos para as usinas hidrelétricas? A falta de infraestrutura de logística atrapalha muito?


É complicadíssimo. Para Belo Monte, por exemplo, os equipamentos saem de Taubaté e vão até o porto de Santos por estrada. De lá, vão por cabotagem até Belém, onde contratamos uma balsa que os leva a um porto em construção na usina. Dali vai de novo por estrada, num trecho pequeno, até o local da obra.


O trecho rodoviário até Santos está OK, tem uma estrutura adequada. Cabotagem tem muito pouca disponibilidade no Brasil, é muito cara, e estamos estudando no nosso caso fazer uma logística em Belém específica para o projeto para ter o transporte de balsa de uma forma regular, porque vamos transportar muita coisa para Belo Monte.


Veja outra usina muito complexa, Teles Pires. Onde está localizada tem que ser tudo rodoviário, só que o estudo de viabilidade da logística mostrou que várias pontes não estão adequadas para o transporte e terão que ser reformadas, se não caem.


Isso faz parte, há obras do PAC que preveem esses investimentos. Eles precisam acontecer pra que a gente consiga transportar.


Para se ter uma ideia, fazer um transporte de equipamento para essas usinas é razoavelmente mais caro que produzir do outro lado do mundo, na China e trazer para o Brasil


Quanto mais caro?


Não vou te dizer porque pode gerar distorção. Varia de projeto para projeto.  Mas é desproporcionalemente caro.


Valeria mais a pena, racionalmente, trazer da China, então.


Sim (risos), mas aí eu tenho que fechar a Alstom do Brasil. Temos inclusive conversado com o governo.


Existe a política do governo de defender conteúdo local, o BNDES financiando os projetos, o governo preocupado com geração de empregos no país, e nós acreditamos nessa política.
Temos nove unidades, estamos construindo mais duas, acreditamos na política de que para o país é importante conteúdo local.


Posso produzir na China? Posso. É mais barato? É. A mão de obra, somando encargos e tudo, é um terço na nossa.


É questão de política de pais. De ter geração de emprego, desenvolviemtno da indústria, para produzir para projetos de exportação também.


O Brasil, no estágio de desenvolvimento em que se encontra, não pode prescindir de uma indústria forte.


No planejamento estratégico para cinco anos, vocês estão prevendo redução de custo de logística?


Prevemos que sem dúvida um dos pilares do governo é investimento em infraestrutura.


Está detectado que temos problemas rodo, ferroviário, portuário, aeroviário, todo o setor de transportes tem problemas. Contamos efetivamente que vamos ter uma redução de custo no Brasil.


Já nesse prazo de cinco anos?


Hoje não. Mas daqui a uns cinco anos, a gente espera que já tenha algum efeito desses projetos. O país precisa, não só o nosso setor.


Se o Brasil não capacitar sua infraestrutura, não vai crescer, trazer os investimentos e crescer no nível que precisa.. É um gargalo de toda a economia brasileira hoje a infraestrutura. Crescer num patamar de 4% ou 4,5% sem melhorar a infraestrutura não vamos conseguir.


Os modelos de concessão especificamente para rodo e ferroviária, já mais definidos, acha que vão atrair investimentos?


Não sou especialista nesse tema, não sei. Não vou dar meu palpite. Cabotagem é uma das prioridades dos planos de logística.


Acho que não, mas precisa aumentar o grau de competitividade, trazer mais empresas.


Se não há oferta suficiente em nível competitivo, precisa aumentar a oferta de transporte de cabotagem.


Na áera de infraestrutura urbana, qual é a perspectiva de crescimento?


Dentro da nossa visão estratégica, é a área com maior potencial de crescimento.


O setor nosso hoje com maior potencial de crescimento é o ferroviário. A gente sempre teve nossa unidade dedicada principalmente a metrô, com a fábrica na Lapa, que produz carros para metrô.


O nível de crescimento foi baixo nos últimos anos, mas em 2012, felizmente, houve uma retomada importante no setor metroviário, investimentos em São Paulo, no Rio, em Porto Alegre, em Belo Horizonte.


O setor metroferroviário já mostra sinais de recuperação. Tanto é que nós vamos construir uma unidade de montagem de carros no Rio em função de um contrato com a Supervia, acreditando que o Rio passa a ser um polo importante do setor ferroviário.


Aí vem a parte de veículo leve sobre trilhos, que está na prioridade também de governos e concessionários privados. Há vários projetos sendo tocados por concessões privadas, em mais de dez cidades.


VLT tem mais potencial de crescimento que metrô?


Não, ambos tem potencial. Metrô também tem um potencial muito grande, ainda mais com a participação de concessionários privados.

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