Klabin prepara terreno para fábrica no PR

Anunciada como o principal investimento privado da história do Paraná, a fábrica de celulose que a Klabin vai construir no município de Ortigueira (PR) começa a sair do papel. A terraplenagem do terreno, localizado no vilarejo conhecido como Campina dos Pupo, distante 15 quilômetros do centro da cidade, vai começar. Os detalhes do contrato estavam sendo fechados ontem entre a empresa e a JMalucelli Construtora, que venceu a concorrência para a realização do serviço.


O Projeto Puma, como foi batizado, em homenagem ao felino que vive nas florestas da empresa, deve transformar a cidade que tem 23 mil habitantes e o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Paraná (0,620, ante 0,856 em Curitiba, o maior do Estado).


“A notícia que tenho é que a terraplenagem começa amanhã [hoje]”, informou o secretário estadual da Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Ricardo Barros. “Cumprimos com todos os compromissos do protocolo e em um ano conseguimos o licenciamento”, completou ele, acrescentando que foram colocados doze profissionais do governo para tratar do assunto e garantir rapidez.


O investimento de R$ 6,8 bilhões, que é aguardado com expectativa pelo Estado e pelo município, ainda não foi aprovado pelo conselho de administração da Klabin, mas já foi alvo de diversas reuniões para discutir, entre outras coisas, a qualificação de cerca de 8 mil trabalhadores para o período das obras e de mais 2 mil para após a inauguração, prevista para 2015.


No fim de janeiro, o governo do Paraná informou, em seu site, que as secretarias estão trabalhando em conjunto para avaliar o impacto social em Ortigueira. No texto, foi informado que as obras começariam em 15 dias. Procurada, a prefeita Lourdes Banach (PPS) não quis dar entrevista sobre o assunto, sob a alegação de que precisa alinhar os dados com a empresa antes de dar informações. O Valor apurou que a prefeitura vai doar terrenos para a construção de alojamentos para os trabalhadores. A intenção é que, depois das obras, a estrutura usada pela empresa volte para Ortigueira e seja destinada para outros fins – como a abertura de escolas, por exemplo.


Na semana passada, aconteceu uma reunião com nove agências do trabalhador de municípios da vizinhança. Só em Ortigueira dois mil currículos foram entregues para a fábrica, antes mesmo da abertura das vagas. No ano passado, antes de Ortigueira ser escolhida como sede da fábrica, 12 municípios assinaram convênio para partilhar o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que vai ser pago pela Klabin. O município escolhido como sede receberá 50% e a outra metade será dividida entre os outros. A Klabin já mantém uma unidade no Paraná, no município de Telêmaco Borba, distante 65 quilômetros de Ortigueira.


O projeto de R$ 6,8 bilhões da companhia será voltado à produção de três tipos distintos de celulose: fibra curta, fibra longa e fluff, que é utilizada na fabricação de fraldas e absorventes – as importações brasileiras desses dois últimos insumos são crescentes e o país é referência mundial no primeiro tipo de matéria-prima. A previsão original é a de que a nova fábrica entre em operação em 2015 e não há informações sobre um eventual novo prazo.


Como até o momento também não há notícia de que o investimento tenha recebido o aval do conselho de administração, ou de que a companhia já tenha concluído as negociações com investidores estratégicos que participarão do empreendimento, é grande a expectativa no mercado de que alguma novidade possa ser anunciada perto da divulgação do balanço financeiro do quarto trimestre, prevista para sexta-feira.


Para a execução do empreendimento, será constituída uma nova empresa, a Klabin Celulose, controlada pela Klabin. A companhia pretende aportar florestas já plantadas na nova empresa, enquanto os recursos financeiros serão desembolsados pelos investidores estratégicos – no ano passado, o diretor-geral da Klabin, Fabio Schvartsman, disse que este projeto somente será levado a cabo se essa equação estiver resolvida.


O executivo afirmou ainda que a celulose produzida na fábrica de Ortigueira, com capacidade para 1,5 milhão de toneladas anuais, deverá substituir importações. “Não vamos competir no mesmo mercado que os outros projetos”, afirmou à época, referindo-se a novas unidades de produção de celulose anunciadas para a América do Sul.


Em novembro, a Eldorado Brasil Celulose inaugurou uma linha de 1,5 milhão de toneladas por ano de celulose de eucalipto em Três Lagoas (MS). Em julho, Stora Enso e Arauco devem inaugurar a Montes del Plata, que vai produzir 1,3 milhão de toneladas por ano de fibra curta no Uruguai. E, em novembro, é a vez da Suzano Papel e Celulose colocar em operação uma fábrica de 1,5 milhão de toneladas em Imperatriz (MA).


Procurada, a Klabin informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que as atividades de preparação do terreno e de acesso ao local deverão ser iniciadas em “algumas semanas”. “O início das obras de construção civil e da montagem da nova fábrica, no entanto, ainda não tem data definida, dependendo da aprovação do conselho de administração”, informou.

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