‘Nenhum banco financia projetos’, diz Odebrecht

Os recursos necessários para investimentos em infraestrutura passam pelo desenvolvimento de um mercado de financiamentos de projetos no país, mais conhecido pelo termo em inglês “project finance”. A afirmação é do presidente do grupo Odebrecht, Marcelo Odebrecht. “Nenhum banco brasileiro pratica hoje o project finance”, disse o empresário.


Em linhas gerais, o project finance é uma modalidade de empréstimo usada para viabilizar obras de infraestrutura. É constituído de forma que os recursos para o pagamento da dívida venham do fluxo de caixa futuro do projeto que será construído. “Sem project finance não teremos infraestrutura”, afirmou o executivo.


Odebrecht creditou a falta de interesse de bancos e investidores no financiamento à infraestrutura ao cenário de altas taxas de juros no país nos últimos anos. Ele mencionou como o exemplo as obras de parcerias público-privadas (PPP), cujo risco, que é justamente a contrapartida dos governos, não é aceito sequer por bancos públicos.


Para o empresário, é “inimaginável” pensar que o volume de recursos necessários para infraestrutura, da ordem de R$ 1 trilhão, virá apenas do balanço das empresas e do BNDES. Ele disse que o governo se mostra sensível ao assunto. Ao comentar os editais de concessões, porém, afirmou que a taxa interna de retorno dos projetos nos cálculos oficiais ainda leva em conta que a maior parte dos recursos para as obras virá das linhas do banco de desenvolvimento, que possuem juros mais baixos.


O presidente da Odebrecht participou ontem de evento promovido pela Abvcap, associação que representa as gestoras de fundos de private equity, que investem na compra de participações em empresas. Para a plateia, formada quase que totalmente por executivos do setor e investidores, ele afirmou que não espera um papel relevante das gestoras no investimento em infraestrutura. “Até entendo quando os fundos investem em empresas de infraestrutura, mas não em um único projeto, que possui retorno no longo prazo e riscos de execução”, afirmou.


Questionado sobre as perspectivas para os investimentos no Brasil, Odebrecht qualificou o momento atual como “desafiador”. Por outro lado, ele considera mais fácil encontrar boas oportunidades no país do que do que no auge da euforia dos mercados, em 2007.


Apesar da maior desconfiança do investidor com relação ao país, o volume de recursos destinados à indústria de private equity segue em forte crescimento. No fim do ano passado, havia um total de R$ 83 bilhões em recursos comprometidos nos fundos que compram participações em empresas, um aumento de 31% em relação a 2011, de acordo com dados da Abvcap.


Em 2012, os investimentos realizados pelas gestoras de private equity no Brasil foram de R$ 14,9 bilhões, um crescimento de 26,5%. A perspectiva para este ano é que a indústria mantenha o ritmo de expansão de pelo menos 20%, de acordo com o presidente da Abvcap, Clovis Meurer.


As vendas das participações pelos fundos em 2012 somaram R$ 6 bilhões, quase o dobro dos R$ 3,6 bilhões do ano anterior, segundo a associação. Com a perspectiva de retomada das ofertas de ações neste ano, a tendência é que o ritmo de saída dos investimentos se mantenha forte, segundo Luiz Eugenio Figueiredo, vice-presidente da Abvcap e responsável pelos dados que foram divulgados pela primeira vez pela associação.


A Abvcap negocia com a Superintendência de Seguros Privados (Susep) o aumento no limite dos investimentos das seguradoras em private equity. O limite que atualmente é de 3% pode aumentar para até 15% e em alguns casos ainda mais, segundo Meurer.

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