Opinião: Reféns da infraestrutura

Há decadas que especialistas em infraestrutura vêm alertando para os gargalos gerados pelas rodovias, ferrovias, portos e aeroportos brasileiros, sem que nada de concreto fosse feito, a não ser algumas medidas paliativas para evitar o total sucateamento do sistema. Nesse sentido, recente estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Supply Chain (Inbrasc) mostra que, dos 200 grupos ligados à cadeia de fornecimento entrevistados, 72% economizariam até R$ 2 milhões por ano caso houvesse melhoria da infraestrutura local.


O caos para embarcar a safra de soja proveniente, principalmente, do Centro-Oeste do país é um dos exemplos de como o sistema logístico deteriorou nos últimos anos. Além das quilométricas filas nos portos de Santos, em São Paulo, e Paranaguá, no Paraná, o que se registrou nas últimas semanas foi o cancelamento de pedidos por parte de países importadores, já que os prazos para entrega da carga foram em muito ultrapassados, gerando prejuízos ao produtor.


O diretor de Marketing do Inbrasc, Henrique Gasperoni, fez um alerta sobre a realidade detectada na pesquisa da entidade, que reflete o que vem ocorrendo em todos os estados brasileiros. “A infraestrutura precisa de melhorias em todo o país. O que pode ser diferente entre as regiões é o tipo de problema em cada modal, mas os custos altos para trafegar são vistos no Brasil inteiro”, observou.


Em Minas Gerais, o grande entrave em relação à logística é o baixo, ou nenhum, investimento em modais alternativos de transporte para reduzir o fluxo de veículos nas nossas estradas, que estão em situação cada vez mais precária. O projeto para a hidrovia do São Francisco, ligando Pirapora, no Norte de Minas, aos portos baianos, é um exemplo disso, já que, sem vultosos investimentos, poderia escoar a produção do Norte, Mucuri e Jequitinhona para o Nordeste brasileiro, e vice-versa.


A pesquisa indica que o modal que apresenta menos problemas freqüentes no país é o ferroviário. Para se ter uma ideia, 58% dos entrevistados disseram nunca ter passado por problemas de transporte via ferrovias. Mas há que se ressaltar que, quando se trata de Minas Gerais, elas estão sobrecarregadas. E com o sistema concentrado nas mãos de poucos grupos, quase nenhum espaço sobra para as cargas de terceiros.


O que se espera é que os recentes projetos anunciados, com pompa, pelo governo federal para melhorar a infraestrutura logística do país, com ênfase em rodovias e ferrovias, saiam da gaveta dos órgãos burocráticos de Brasília e possam, enfim, tornar-se realidade.

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