A antiga Estação Ferroviária de Castro, na região dos Campos Gerais, no Paraná, construída em 1899, está se desmanchando com a ação do tempo e dos vândalos. O imóvel tombado é de responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que pretende transferir o imóvel para a prefeitura da cidade.
Assim que a estação foi desativada pela Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA), em 1992, a prefeitura realizou obras para sediar um setor do Departamento de Cultura Municipal. O último serviço que funcionou na estação foi o Conselho Tutelar do município, em 2005.
Por estar sem uso há oito anos, a estrutura começou a se deteriorar. O telhado está danificado pelas goteiras e infiltrações, as paredes estão pichadas e vidros estão quebrados. As portas foram trancadas para evitar destruição na parte interna do prédio.
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Segundo a historiadora da sessão de Patrimônio Histórico e Cultural de Castro, Amélia Podolan Flugel, o Iphan está analisando o projeto enviado pela prefeitura para fazer adequações necessárias e revisão de valores, já que a proposta foi elaborada em 2010. “A partir disso, a intenção do Iphan é passar um termo de transferência de posse para a prefeitura, para que ela busque recursos para o restauro da estação”, esclarece. Segundo o Iphan, a intenção é conseguir o dinheiro nos próximos meses, ou até 2014.
Enquanto permanece a indefinição, a população recorda de bons momentos quando a estação era ativa. A moradora Maria da Luz Vialle conta que o marido tinha um restaurante na antiga estação, e que sente pela história que está se perdendo. “Até o governador Manoel Ribas veio almoçar ou jantar no restaurante. A gente sabe que, como era, não vai voltar mesmo, mas espero um dia que as pessoas possam vir aqui para passear”, afirma.
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