A Rumo, empresa do grupo Cosan, fechou dois contratos com a Yara Brasil Fertilizantes, que concluiu no início de agosto a aquição do negócio de fertilizantes da Bunge no Brasil. A Yara arrendou parte da área do terminal da Rumo em Sumaré, no interior de São Paulo, e está construindo sua unidade misturadora, que terá capacidade de produção anual de 700 mil toneladas, com início previsto da produção para junho de 2014.
Segundo a Yara, a escolha de Sumaré para a instalação da unidade faz parte da estratégia logística da empresa, facilitando o escoamento de produtos finais e matérias-primas ao Porto de Santos. Além disso, contou a baixa umidade do ar da região, situação ideal para armazenagem e manejo de produtos nitrogenados.
A Rumo será a responsável pelo transporte dos produtos da Yara do porto de Santos até o interior de São Paulo. Segundo o presidente da Rumo, Daniel Rockenbach, os trens seguirão do interior para o litoral carregados de açúcar e no retorno farão o transporte para a empresa de fertilizantes. O contrato para o transporte é de cinco anos e o arrendamento é de 30 anos.
Assim como a Bunge, a Yara já utiliza transporte ferroviário, através da ALL, que tem a parceria com a Rumo para o transporte ferroviário. “Com a aquisição da divisão de fertilizantes da Bunge, os contratos e as rotas utilizadas continuarão sendo usadas pela Yara. Isso garantirá à empresa uma operação mais eficiente, devido à maior escala e otimização logística, que resulta em mais benefícios aos produtores agrícolas”, explica o diretor de logística da Yara, Paulo Schuch.
Segundo o executivo, a atual matriz de abastecimento de matérias primas para fertilizantes no Brasil depende em mais de 60% de importações. E os principais fluxos utilizados são os que partem dos portos para o interior, no contra fluxo das commodities agrícolas, como açúcar e grãos, que rumam da direção dos corredores de exportação. Os produtos transportados pela Yara são praticamente todas matérias primas de fertilizantes contendo nitrogênio, fósforo ou potássio.
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