Em São Paulo, protestos depois de uma reintegração de posse em um bairro da Zona Leste interromperam a circulação de trens. Policiais ainda ocupavam o bairro na noite de segunda-feira (21). Bombas eram lançadas para dispersar os manifestantes. Por volta das oito da noite, um grupo fez uma barricada nos trilhos. Os PMs conseguiram apagar o fogo e o trem pôde continuar a viagem.
A reintegração de posse, que motivou o protesto, começou nas primeiras horas da manhã de segunda. Às nove da noite, o protesto continuava. A Polícia Militar fez bloqueios em viadutos para impedir que os manifestantes fechassem, mais uma vez, avenidas importantes da Zona Leste da capital paulista.
As depredações começaram logo depois das máquinas colocarem abaixo as primeiras casas. No total, 150 foram derrubadas. “O que é isso, gente? Nós não temos onde ficar. Pelo amor de Deus!”, intercede uma das moradoras do local. “O Governo do Estado vem investindo nessa área há mais de dez anos e houve uma invasão das áreas institucionais, onde estão sendo construídas uma ETEC, uma Unidade Básica de Saúde (UBS), duas Escolas Municipais de Ensino Infantil (EMEIs) e duas creches”, informa Milton Dallari, diretor administrativo da CDHU.
A situação piorou à tarde. Um grupo incendiou objetos sobre os trilhos, perto de uma estação. A circulação na Linha 12, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), foi interrompida. “Agora, você acha que isso é vida? A gente trabalhar o dia inteiro para essa situação?”, indaga Jéssica Paulino, auxiliar de limpeza.
Manifestantes montaram barreiras com fogo em vários pontos da avenida que dá acesso ao bairro.
Usaram sofás e uma carcaça de carro. Pelo menos, quatro pessoas foram detidas. No fim da noite, mais uma vez o trânsito foi bloqueado numa importante avenida da região. Um caminhoneiro foi obrigado a parar e o grupo se dispersou quando os policiais chegaram.
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